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Desembargadora nega liberdade a empresário suspeito de sequestrar Cristiano Tinoco

A Polícia Civil prendeu José Maurício e mais três suspeitos de envolvimento no crime em dezembro de 2018

Campos
Por Redação
4 de fevereiro de 2019 - 17h06

Amigo da família, José Maurício Ferreira dos Santos Júnior é suspeito de planejar o sequestro. (Foto: Reprodução/redes sociais)

A desembargadora da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes, negou, na última sexta-feira (1º), pedido habeas corpus apresentado pela defesa do empresário José Maurício Ferreira dos Santos Júnior, que é investigado pelo sequestro do empreiteiro Cristiano Tinoco e de sua esposa. O crime aconteceu no dia 3 de dezembro de 2018 e José Maurício e outros três suspeitos do crime foram presos em 24 do mesmo mês.

A defesa alegou que José Maurício “se encontra indevidamente acautelado pela suposta prática dos crimes de extorsão mediante sequestro e roubo majorado (…) e que a decisão constritiva carece de fundamentação, que não foram demonstrados os requisitos legais da prisão temporária e que o inquérito padece de ilegalidades”.

Os advogados de defesa pediram a imediata expedição de alvará de soltura e que o empresário permanecesse em liberdade até o trânsito em julgado da ação penal.

Ambas as solicitações foram negadas pela desembargadora. “Considerando que o processo de conhecimento se encontra ainda em fase muito embrionária, sequer há se falar em ilegalidade de plano, sobretudo porque as razões trazidas pelo impetrante não levam, firmemente, a essa conclusão”, explicou a desembargadora.

Cristiano (de cinza) e José Maurício tinham convívio social (Foto: reprodução/Facebook)

O sequestro — Cristiano Tinoco foi abordado no Parque Santo Amaro, na tarde do dia 3 de dezembro, por dois homens que o chamaram pelo nome. O empresário, que é irmão de Cesar Tinoco — chefe de gabinete do prefeito de Campos, Rafael Diniz —, foi rendido, colocado em um carro e levado até o trevo da Estrada do Contorno, onde encontraram um terceiro criminoso.

Os três, então, levaram Cristiano até sua residência, em outro condomínio localizado no Parque Rodoviário, onde a esposa do empreiteiro também virou refém ao retornar para casa. Os bandidos exigiram R$ 1 milhão em dinheiro para libertarem as vítimas.

Como o casal não tinha a quantia em casa, negociaram o valor e fizeram contato com um amigo, que levou cerca de R$ 200 mil à casa das vítimas. O grupo pegou o dinheiro e fugiu no carro de Cristiano, uma picape Toyota Hilux SW 4, que foi abandonada durante a fuga.

Uma pergunta dos criminosos a respeito de um relógio Rolex, possuído pela vítima, levantou suspeita sobre a participação de José Maurício na ação, já que ele próprio havia questionado à vítima sobre o acessório de luxo.

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