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Após mais de dez horas de júri, PM é condenado por matar vizinho por causa de portão

Sentença definiu pena de 13 anos e dois meses de prisão em regime fechado por morte de topógrafo

Campos
Por Redação
30 de janeiro de 2019 - 17h33

PM está preso (Foto: reprodução)

Treze anos e dois meses de reclusão. Essa foi a pena recebida pelo policial militar Alciene Martins Ramos, condenado por assassinar o topógrafo Amaro Oliveira Cabral, 52 anos, em janeiro de 2016. O julgamento do caso durou cerca de dez horas e ocorreu no Plenário do Salão do Tribunal do Júri da Comarca de Campos, entre a tarde desta terça-feira (29) e a madrugada desta quarta (30). A última audiência havia sido interrompida após o juiz Rodrigo Rocha de Jesus solicitar um laudo de sanidade mental do réu, que deu resultado negativo para distúrbios mentais.

Durante a audiência manifestaram-se o Ministério Público e a defesa de Alciene. O réu foi à júri popular e condenado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, emprego que resultou em perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima. A sentença, que também determinou o cumprimento da pena em regime fechado, foi proferida pelo juiz Bruno Rodrigues Pinto.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar para saber se o policial continuará a receber os salários – já que ele está na reserva remunerada – ou se perderá o cargo. A assessoria informou que somente após o julgamento de todos os recursos e a Polícia Militar for notificada, a Corporação acatará decisão judicial. Enquanto isso, o PM condenado por assassinato continuará recebendo salário de subtenente. Mesmo questionada, a assessoria da Polícia Militar do Estado do Rio não informou se abriu procedimento administrativo contra o PM em paralelo ao processo criminal.

Relembre o caso:
De acordo com o processo, o policial discutiu com o topógrafo por conta de um portão. Em seguida, o subtenente foi à casa da vítima, voltou armado e atirou duas vezes contra Amaro. O assassinato causou grande repercussão e aconteceu em um condomínio residencial, na Avenida Presidente Vargas, no bairro Pecuária, próximo à Fundação Rural de Campos. Após o homicídio, Alciene tentou fugir para o município vizinho de São Fidélis, mas foi preso na chegada da cidade por policiais militares do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM/Campos), que faziam um cerco. A corregedoria da Polícia Militar acompanhou todo o processo. Amaro chegou a ser socorrido para o Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu.

 

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