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Vídeo: internauta denuncia suposta “privatização” da faixa de areia da Lagoa de Cima

Vídeo divulgado nas redes sociais foi compartilhado mais de mil vezes e despertou reações diversas

Campos
Por Redação
23 de janeiro de 2019 - 10h58

Frame do vídeo divulgado nas redes sociais mostra mesas e cadeiras vermelhas, à esquerda, e mourões e madeira, à direita. (Imagem: Reprodução)

Um vídeo denunciando uma suposta “privatização” da faixa de areia da Lagoa de Cima, em Campos, por parte de proprietários de bares, provocou polêmica nas redes sociais, nos últimos dias. “Não temos direito mais ao nosso lazer”, diz a usuária, completando: “a Lagoa virou propriedade dos moradores”. Até a publicação desta reportagem, o vídeo já havia sido compartilhado quase 1,2 mil vezes.

A gravação mostra mourões de madeira instalados nas áreas que dão acesso à faixa de areia, que serviriam para evitar a entrada de carros, e mesas com cadeiras, que teriam sido colocadas pelos comerciantes.

“Os donos dos bares estão fechando tudo. Se quiser parar aqui tem que pagar estacionamento e vir consumir nas mesas”, afirma. Em outro trecho do vídeo, ela diz que “a gente não tem direito mais de trazer as coisas de casa porque a gente agora é obrigado a consumir tudo do bar”.

A queixa teve apoio de diversos internautas, que pediram intervenção e fiscalização das autoridades municipais e até da Polícia Militar (PM), e de outros que afirmam ter passado por situação semelhante.

“Semana passada, fui com minha família. Perguntei se eu poderia sentar com o meu cooler e consumir peixe, água e refrigerantes para as crianças, porque cerveja nos tínhamos. Eles me disseram que eu tinha que consumir R$ 80. Fui para outro bem menor e fui muito bem atendida”, relatou uma usuária da rede social.

Mas, também despertou manifestações contrárias.

“Pessoas vêm para cá, sujam e na hora de limpar, são os donos dos bares que limpam. Ninguém é obrigado a sentar e consumir em bar nenhum. A beira da Lagoa é grande e quem não quer, senta no chão! Errado é colocarem os carros na rua!”, escreveu uma moradora do local.

Outro afirmou que os mourões de madeira são “para garantir a segurança” dos frequentadores do local. “Muitos vêm pra a Lagoa e querem estacionar carro na areia, colocando em risco quem vem para o lazer. Tem que ter fiscalização aqui mesmo, mas pra multar esses que pensam que a beira da Lagoa é estacionamento”.

A equipe de reportagem no Jornal Terceira Via entrou em contato com a Prefeitura de Campos, que ainda não se manifestou sobre o caso, que pode envolver ações das superintendências de Postura e de Paz e Defesa Social, da secretaria de Desenvolvimento Ambiental e da Guarda Civil Municipal.

Posicionamento Prefeitura de Campos: 

A secretaria de Desenvolvimento Ambiental realiza fiscalizações constantes em diversos pontos município, inclusive, mediante denúncias. Somente no ano passado, foram mais de 1.200 notificações realizadas e mais de 400 denúncias recebidas pelo órgão. A secretaria está programando nova ação na região da Lagoa de Cima para os próximos dias, e diante do encontrado, tomar as medidas necessárias, conforme estipula Lei Ambiental e de constituição da Área de Proteção Ambiental (APA) de Lagoa de Cima. Caso a população identifique situações irregulares, a secretaria de Desenvolvimento Ambiental pode ser acionada através do número de contato (22) 98175-0207 ou mesmo a Guarda Civil Municipal, através do 153, que também recebe este tipo de denúncia.