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Olhos atentos nas doenças de verão

Inflamações e alergias são alguns dos problemas que podem surgir nesta época do ano

Saúde
Por Redação
13 de janeiro de 2019 - 11h00

Aqueles que tudo veem merecem uma atenção especial nesta época do ano. As altas temperaturas são bem-vindas por quem ama ir à praia ou a piscina. No verão, quando aumentam os avisos sobre a proteção solar do corpo humano, não se pode esquecer os cuidados com olhos. Isso porque, durante os meses mais quentes ocorre um aumento significativo de doenças oculares. A estação favorece o crescimento dos casos de infecções, alergias e também de transtornos ocasionados pela radiação solar.

Segundo a oftalmologista, Dra. Dayse Haddad, algumas atitudes resultam na irritação dos olhos. As alergias oculares podem surgir também devido a aplicação de filtro solar muito próximo aos olhos e o uso de cosméticos.

“O verão é uma época em que todas as pessoas gostam de ir à praia, logo tem banho de mar e de piscina. Nesse período, realmente é muito comum os olhos ficarem vermelhos, ardendo, queimando e às vezes arranhando, com sensação de areia. Então, podem surgir casos de ceratite, que é uma inflamação da córnea, que pode ser causada pela água de mar, pelo cloro da piscina ou quando as pessoas mergulham de olhos abertos, principalmente as crianças”, comenta.

No verão, também é muito comum o aparecimento da conjuntivite. Trata-se de uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. A conjuntivite propaga-se facilmente e pode ser aguda ou crônica, afetar um dos olhos ou os dois. A característica mais marcante da conjuntivite é a vermelhidão nos olhos. Entre os demais sintomas estão olhos lacrimejantes, pálpebras inchadas, secreção purulenta (comum na conjuntivite bacteriana), sensação de areia nos olhos, secreção esbranquiçada (comum na conjuntivite viral), coceira, fotofobia (irritação ao olhar para a luz), visão borrada e pálpebras grudadas ao abrir os olhos.  De acordo com dados do Hospital Israelita Albert Einstein são registrados mais de 2 milhões de casos no Brasil por ano.  Só em 2018, em houve um aumento de 30% do índice de conjuntivite em todo o estado do Rio de Janeiro após o carnaval. Esse problema pode durar de uma semana a quinze dias.

Em todas as situações de doenças oculares, a especialista explica que hábitos simples podem evitar que estes problemas atrapalhem o lazer e as férias dos veranistas.

“Alguns cuidados como não coçar os olhos, principalmente se as mãos não estiverem limpas, e usar de lenços de papel descartáveis para limpeza do local atingido são importantes não só para evitar maiores consequências e também para não contaminar outras pessoas.  Nesses casos, pode-se lavar a área com água filtrada ou soro fisiológico. Se os sintomas persistirem, deve-se imediatamente procurar um oftalmologista para avaliar o caso. As pessoas não devem se medicar por conta própria, porque dependendo da situação ou o tipo de conjuntivite, alguns colírios são contraindicados para o uso. É importante também, se já tiver contraído a doença, fazer a troca das toalhas de banho e rosto, além da fronha do travesseiro”, ressalta.

Além disso, a utilização de forma descuidada de lentes de contato também pode favorecer o aparecimento de inflamações da córnea e da conjuntiva. Assim, como a água do mar e o cloro presente nas piscinas, os raios solares também podem trazem transtornos. A médica ainda pontua mais cuidados para evitar que o seu verão vá por água abaixo.

“Para manter os olhos saudáveis no verão sem ter nenhum problema, basta lavar bem as mãos antes de colocar nos olhos, não mergulhar de olhos abertos e ainda usar óculos de sol com uma lente adequeada, que tenha proteção UV para não pegar a exposição dos raios. Tudo isso faz parte das medidas de prevenção. São hábitos simples, mas que fazem muita diferença”, completa.