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Witzel quer combater gastos e tráfico

Deputado eleito, Gil Vianna, trabalha em conjunto com o governador e quer trazer recursos para entidades de apoio a defi cientes

Política
Por Redação
6 de janeiro de 2019 - 12h39

Governador Wilson Witzel e os desafios do Rio (Foto:Arquivo)

O Estado do Rio de Janeiro recebeu oficialmente o seu novo governador no dia 1o de janeiro de 2019. Wilson Wilzel (PSC), eleito no segundo turno com 59,87% dos votos válidos, tomou posse na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), onde atuarão os deputados estaduais da região. Entre esses, Gil Vianna (PSL) é o único que assumiu publicamente o seu “alinhamento” com o governador. Outros, como João Peixoto, Rodrigo Bacellar e Bruno Dauaire, devem expor seus posicionamentos somente após a posse dos parlamentares que vai ocorrer após o recesso, no dia 1 de fevereiro.

Na manhã do dia 1º, ao subir as escadarias do Palácio Tiradentes, onde funciona a Alerj, Witzel disse que sua expectativa é “fazer o melhor possível” e pediu que “Deus abençoe o estado do Rio de Janeiro”. Ele estava acompanhado da esposa, Helena Witzel, de três filhos e do vice-governador, Cláudio Castro. Em seu discurso de posse, Wilson garantiu que não vai decepcionar o povo fluminense.

“A página que hoje começamos a escrever na história do nosso Estado expressa a vontade soberana da maioria da população, que a mim confiou o destino do Rio pelos próximos quatro anos. É chegada a hora de libertar o Estado da irresponsabilidade e da corrupção, que marcaram as últimas duas décadas da política estadual. Não temos o direito de errar”, afirmou o governador.

Na cerimônia, Witzel ainda reiterou com o compromisso com o combate à corrupção e ao crime organizado e afirmou que as estruturas policiais estão sendo reorganizadas para ampliar a capacidade de investigar e de prender. “Vamos fazer uma reorganização da Polícia Civil para atender prioritariamente o combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e aos crimes de homicídio, atingindo certamente o crime organizado”, disse.

Quanto à economia, Wilson avaliou que o estado tem papel fundamental como indutor do crescimento econômico com geração de emprego e de renda, ao mesmo tempo em que reafirmou seu objetivo de reduzir os gastos públicos. O governador manifestou também apoio ao governo federal no processo de mudança da ordem tributária, previdenciária e econômica, sinalizando seu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). A cerimônia foi conduzida pelo presidente da casa, o deputado estadual André Ceciliano (PT). Entre as autoridades que compuseram a mesa, estavam o prefeito carioca Marcelo Crivella (PRB); o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM); e o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

Corte de 30%

No mesmo dia, o governador publicou seu primeiro decreto no Diário Oficial que determina o corte de pelo menos 30% nas despesas operacionais de secretarias, fundações e outros órgãos da administração estadual, criando, assim, o Programa de Reavaliação de Despesas Operacionais. A redução, no entanto, não afetará as secretarias de Educação, de Saúde, de Administração Penitenciária, de Polícia Civil, de Polícia Militar e de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, além de instituições que exercem funções essenciais à Justiça. São consideradas despesas operacionais o somatório das despesas de pessoal caracterizadas como discricionárias e do valor correspondente às prestações ainda não cumpridas de cada contrato que esteja em vigor, bem como das contratações em curso.

Secretários

Esta semana, o governador também deu posse aos secretários que atuarão em seu mandato. São eles: da Casa Civil e Governança, José Luís Zamith; de Governo e Relações Institucionais, Gutemberg Fonseca; de Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho; de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego e Renda, Lucas Tristão; de Infraestrutura e Obras, Horácio Guimarães; de Polícia Militar, coronel Rogério Figueiredo de Lacerda; de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga; de Administração Penitenciária, André Cáff aro; de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, Roberto Robadey Jr; de Saúde, Edmar Santos; de Educação, Pedro Fernandes; de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Rodrigues; de Transportes, Robson Ramos; do Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lucia Santoro; de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Eduardo Lopes; de Cultura e Economia Criativa, Ruan Lira; de Desenvolvimen-to Social e Direitos Humanos, Fabiana Bentes; de Esporte, Lazer e Juventude, Felipe Bornier; de Turismo, Otávio Leite; das Cidades, Juarez Fialho; da Controladoria Geral, Bernardo Santos Cunha Barbosa; da Procuradoria Geral, Marcelo da Silva; e da Secretária Executiva do Conselho de Segurança Pública, Roberto Motta.

Deputados da região

Em entrevista ao Jornal Terceira Via, o deputado estadual eleito Gil Vianna declarou que está alinhado ao novo governador e que, inclusive, já teve a oportunidade de debater propostas com Witzel pessoalmente. Em março do ano passado, Gil deixou o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e filiou-se ao PSL (Partido Social Liberal), partido do presidente Jair Bolsonaro. Essa mudança partidária já anunciava o alinhamento político do deputado com Witzel (PSC), seguindo a diretriz do PSL.

Segundo Gil, essa parceria com o governador pode render bons frutos para a cidade de Campos e região, principalmente no que se refere à sua principal bandeira: o atendimento às pessoas com deficiência. “Esse alinhamento é fundamental para conseguirmos trazer mais recursos para Campos em todos os setores, mas, como sempre fiz ao longo de minha trajetória política, vou priorizar as instituições da cidade que já atuam junto às pessoas com deficiência, como a Apae, a Apoe e a Apape”, declarou.

Na última semana, o deputado pode conversar com o governador e apresentou algumas dessas ideias que devem ser aprofundadas nos próximos dias, quando ocorrerá uma reunião de Witzel com todos os deputados eleitos pelo PSL. Quanto aos outros deputados estaduais eleitos da região — João Peixoto, Rodrigo Bacelar e Bruno Dauaire — a equipe de reportagem do Jornal Terceira Via entrou em contato por telefone, mas não obteve resposta.