O novo nome que assumirá a igreja ainda não foi definido, mas os membros históricos da instituição estão à procura, é o que garante nessa entrevista. Éber, que também é veterano na política, falou nessa entrevista da sua derrota nas urnas para deputado estadual. Apesar de receber mais de 20 mil votos, ele ficou com a segunda suplência. Ele não esconde a esperança que tem por um país melhor e acredita nisso. O pastor falou sobre família, corrupção e na esperança de retorno da ética, da moral, da fé e da família no campo político. Só não deixou claro se pretende se candidatar novamente. Ao ser perguntado, disse: “Essa questão tem que ser muito bem estudada, avaliando todas as situações”.
O senhor vai ser jubilado ainda em 2018 pelos 30 anos de ministério pastoral. O que isso representa?
O processo é lento… A decisão é definitiva… Mas uma comissão de membros históricos da Igreja está constituída, orando e buscando orientação do Espírito Santo, para buscar o novo obreiro, como eu fui convidado, há trinta anos. Uma grande festa está sendo organizada. O que o público pode esperar dessa cerimônia?
Teremos a presença do Presidente da Convenção Batista Estadual, pastor Vanderlei Marins, que prestará a mensagem da ocasião e o Louvor será ministrado pelo pastor Fernandinho… É, naturalmente, a representação denominacional do Estado e do Brasil Batistas.
Como vai ficar o seu ministério em 2019? Continua exercendo o pastoreio?
Só enquanto não chegar o novo líder. Responderei pelo Ministério da Segunda Batista de Campos, até à posse do novo obreiro.
E a família, o que pensa disso?
Tudo, para mim, sempre foi junto com a família, principalmente, agora, que as crianças cresceram, se casaram, e ficando maiores, caminhamos juntos. Estamos conscientes de que chegou a hora. Estamos juntos.
A Segunda Igreja Batista de Campos entrou no período de sucessão pastoral ao longo deste ano. Foi o senhor que demonstrou interesse em sair? Por quê?
Via de regra, o Pastor deve tomar a iniciativa. A Igreja Batista, tradicional, que é, usa, sempre, de bom senso. A gente sabe quando Deus está conduzindo tudo, pois, assim sendo, temos paz e tranquilidade na alma.
“O Espírito Santo testifica com o nosso espírito, que somos filhos de Deus.” A Igreja precisa, hoje, como entendeu precisar de mim, há trinta anos atrás, quando o Pastor Joelcio anunciou a sua despedida. Entendemos assim e eu anunciei o desejo da jubilação e a Igreja está tomando as providências.
Qual conselho o senhor daria para o seu sucessor?
Ah, quando ele for identifica do e vier, será alguém muito equipado. Se eu fosse falar alguma coisa, lhe diria, apenas: “Pregue, exclusivamente, a Bíblia, ame as ovelhas do Senhor Jesus Cristo, é o que podemos fazer, pois a condução é d’Ele, o Senhor.
Vamos falar um pouco de política. Na última eleição, o senhor teve uma derrota nas urnas. Embora tenha conseguido muitos votos, não emplacou na Assembleia Legislativa do estado. Como o senhor se sentiu?
Claro que, entrando numa empreitada dessas, todos queremos vencer. O domínio e a direção, porém, da nossa vida pertencem ao Senhor. Agradeço muito a votação que tive, foram mais de 20.000 amigos que confiaram o voto, mas, na segunda suplência, pode conter alguma coisa. Está tudo bem e certo.
Essa grande reação e manifestação da Igreja foi em função do desgaste absoluto da política no Brasil em demandas tão relevantes, como administração pública, gestão financeira, má versarão do dinheiro público, e, inclusive a politização da ética, da moral, da fé e da família. Foram muito longe. O silêncio não se permitia mais.
E agora, o que a igreja espera do Governo Bolsonaro, na sua opinião?
Uma administração coerente e forte. Gestão qualificada. Segurança, à toda prova, em favor da sociedade, respeito às instituições da fé e da família. Um governo que alegre, honre e desafie o povo brasileiro a crer e a desenvolver o imenso potencial do Brasil.
Ao longo da sua vida, o senhor já foi vítima da violência. Recentemente me lembro de dois casos: quando sua casa foi assaltada em Campos e quando o senhor e sua família foram rendidos por bandidos fortemente armados no Arco Metropolitano, no Rio, quando levaram seu carro e seus pertences. Acha que a segurança pode melhorar a partir de 2019?
Pode muito. Precisa muito e vai melhorar. A razão do Estado é preservar e investir no bem estar da população. Investir no bem estar dos incautos, corruptos e marginais é uma linha de governança sem cabimento, sem coerência e sem compatibilidade com os bons costumes.
Do que mais o senhor lamenta não poder fazer pelo estado do Rio de Janeiro por não ter conseguido se eleger?
Nasci no Rio, cresci no Rio, exerci profissão no Rio e sou pastor no Rio, ainda que tenha pregado no Brasil todo e fora do Brasil. Sou muito feliz e muito grato ao meu Estado do Rio. Ajudar na sua reconstrução seria uma honra e uma expressão de gratidão. Vamos ver como fica tudo isso…