O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno.
Aqui no Brasil, o Natal é a data em que muitos se reconciliam, choram, comem, dão presentes e abusam da espiritualidade. Principalmente se o ano foi de preguiça espiritual.
Para alguns, o Natal será sem seus entes queridos. Alguns pela distância e outros pela inesquecível morte. Um parente que amamos não estar entre nós nessa época significa olhar para uma árvore de Natal e não enxergar as suas luzes.
Nesse natal também teremos personalidades do mundo político passando a data do nascimento do menino Jesus fora de casa, em lugar nunca antes imaginável.
Na cadeia, o novo lar de muitos detentores de cargos públicos, não haverá ceia farta. A não ser que o famoso privilégio impere, a comida será acanhada e a chegada o Papai Noel será substituída pelo “toque de recolher”.
No Natal se fala muito na necessidade de repassarmos o filme de nossas vidas. Refletir nos erros e acertos e tentar elaborar um novo ano mais acertado, justinho e cheio de alegria.
Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Assim, esses políticos, agora trancafiados e sem Natal, já estão nas mãos de Deus, mas não estão isentos das responsabilidades de terem matado milhares de idosos que ficaram sem aposentadoria e impossibilitados de comprar seus remédios.
Sim, dia vinte e cinco é Natal. Vai ser uma noite de comida, árvore, abraços, choros e saudades. Muitos que não irão ter a mesa farta poderão culpar os políticos da cadeia, pois ao enriquecerem-se ilegalmente, diminuíram a felicidade de muitos e essa roubalheira desenfreada atingirá a mesa do contribuinte, que cada vez menos quer ser eleitor.
Na cadeia vai ter calor, angústia, saudades e inconformismo. Porém, nada se iguala a dor de uma portadora de câncer que até hoje não conseguiu fazer o primeiro exame e vê seu corpo ser consumido pela doença devido ao desvio de verba pública.
Estão na cadeia, pois, queriam viver o mundo de Alice. Queriam nadar na realeza obscura levando no bolso o dinheiro alheio, conquistado sem suor, apenas mediante corrupção.
O Natal simples de muitos será o melhor de todos, pois não haverá no centro da mesa, a consciência pesada daqueles que comem uma iguaria sabendo que naquele mesmo momento, idosos estão dormindo nas filas dos hospitais buscando uma ficha.
Dia 25 é Natal e nunca foi tão célebre o ditado “cada um no seu quadrado”. No caso, uns em casa e outros, na cadeia.