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Sindicatos ligados ao comércio de Campos travam batalha em questão salarial

Representantes do Comércio Varejista e dos Comerciários não fazem convenção anual e não chegam a acordo

Economia
Por Redação
30 de novembro de 2018 - 19h11

Ronaldo Viana dos Santos (de branco) e outros empresários da cidade (Foto: Arquivo)

O Sindicato do Comércio Varejista de Campos (Sindivarejo) emitiu nota de esclarecimento sobre a não realização da convenção anual entre patrões e comerciários para tratar do reajuste do piso salarial da categoria. O Sindivarejo oferece reposição baseada na inflação acumulada do último ano e o piso estadual de R$1.237,34. Já o Sindicato dos Comerciários sugere correção de 4,5% e o piso salarial de R$1.280,00. O acordo deveria estar valendo desde o último dia 1 de novembro, mas como não houve a convenção anual para tratar do assunto, os dois sindicatos ainda não chegaram a um consenso.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Comerciários, Ronaldo Nascimento, a última reforma trabalhista nacional faz com que acordos celebrados entre patrões e empregados sejam superiores à convenção anual:

“Temos fechado acordos com diversos comerciantes, cerca de 400 já nos procuraram. Estamos agindo baseados na nova Lei Trabalhista. O acordo é superior à convenção. Vários lojistas fecharam com o piso de R$1.280. Muitos contadores também nos procuraram porque não querem fazer pagamentos retroativos. Considero esse valor aceitável, mas o sindicato patronal não nos procurou e , pelo visto não aceita esse valor”, disse Nascimento.

No comunicado divulgado pelo Sindivarejo, o texto recomenda aos lojistas não fecharem acordos com os comerciários sem consulta prévia. De acordo com o presidente da instituição patronal, Ronaldo Viana dos Santos, não há interesse em prejudicar os trabalhadores. No entanto, segundo ele, a crise econômica impede de conceder reajuste com lucro real em torno de 15% sugeridos pelo representante dos comerciários:

“O piso atual é de R$1.170. Eles chegaram a pedir R$1.350. Para nós, é impossível aceitar quaquer valor além da correção anual pela inflação. Oferecemos 4,5% reajuste. Sem a convenção anual, que deveria ser realizada até 31 de outubro e sem acordo, é provável que partamos para um litígio que só poderá ser resolvido na Justiça do Trabalho, infelizmente. Estamos agindo de acordo com a CLT (Confederação das Leis Trabalhistas). Gostaria de que esta situação fosse resolvida o quanto antes”, disse Ronaldo Viana dos Santos.

Texto divulgado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Campos: