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Intervenção federal na segurança do Rio não será prorrogada, diz Bolsonaro

Presidente eleito defendeu que agentes de segurança não sejam processados por mortes em serviço

Estado do RJ
Por Redação
30 de novembro de 2018 - 14h32

Presidente eleito Jair Bolsonaro: fim da intervenção no Rio (Foto: Reprodução)

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou nesta sexta-feira que a intervenção na segurança do Rio de Janeiro não será prorrogada durante seu governo. Segundo ele, o Congresso pode discutir a prorrogação da operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), o que permitira que as Forças Armadas continuassem atuando no estado, mesmo que o governo federal deixe o comando da Segurança Pública.

A intervenção federal no Rio gera preocupação na equipe do presidente eleito porque, enquanto ela estiver valendo, o Congresso não pode aprovar emendas à Constituição (PEC).

Após participar de um evento de formatura de oficiais da Aeronáutica em Guaratinguetá, Bolsonaro defendeu que integrantes das Forças Armadas e policiais não podem ser processados após “cumprimento da missão”. Durante a campanha, ele já havia defendido o chamado excludente de ilicitude para, segundo relatos, dar retaguarda jurídica aos agentes de segurança pública.

“Eu assumindo, não prorrogarei (a intervenção). Se quiserem falar em Garantia da Lei e da Ordem, eu vou depender do Parlamento para assinar”, disse.

Durante a cerimônia, Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), o presidente eleito foi aplaudido pelos presentes e entregou condecorações aos dois melhores colocados da turma. Em entrevista coletiva após a cerimônia, disse que não admitiria que oficiais das Forças Armadas e policiais tenham que responder a processos depois de ações.

“Devemos, sim, ter segurança jurídica. Caso contrário, como presidente, não serei irresponsável de botar os nossos homens e mulheres na rua para, após o cumprimento da missão, serem processados”, disse.

Nesta sexta-feira, o presidente eleito deve visitar o Santuário Nacional de Aparecida e depois conceder entrevista a emissoras católicas.

Indagado sobre a prisão do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, Bolsonaro fez uma piada e elogiou, mais uma vez, a atuação da PF:

“Eu calço 42. Cada um que pague pelos seus crimes. Um processo que se inicia, mais um. E, em sendo culpado, não tenho nada a lamentar, apenas a cumprimentar a Polícia Federal, entre outros órgãos que têm chegado ao final da linha e descoberto muitos nichos de corrupção”.

Fonte: O Globo