Não é a primeira vez e, infelizmente não será a última, que a reportagem especial do Jornal Terceira Via aborda a forma banal e feroz como se cometem crimes violentos em Campos, como assassinatos e assaltos a mão armada. As últimas ocorrências ficaram mais nítidas com imagens espalhadas pelas redes sociais, como a de um bandido em uma motocicleta na avenida 28 de Março, a mais movimentada da cidade, que desce do seu veículo, armado e rouba um motorista colocando o revólver no seu rosto. Depois, volta para a moto e foge ziguezagueando pelo trânsito confuso.
Confuso ficam os campistas, ainda mais quando no dia seguinte ladrões em pleno horário de experiente entram em uma grande loja de departamento e, também a mão armada, levam celulares da vitrine e o dinheiro que estava nos caixas. Que a violência paira por todas as cidades do país não é novidade, mas em Campos a criminalidade está acima da média.
Somente esse ano foram cometidos mais de 200 homicídios, cerca de um a cada 30 horas. Vamos acrescentar neste contexto que Campos foi recentemente considerada por um ONG internacional, a partir de estatística comparativa, a 17ª cidade mais violenta do mundo. Com os novos governos estadual e federal que se elegeram colocando o dedo nesta ferida, é dada a hora do campista colocar na agenda um ferrenho combate à criminalidade.
Não basta alguém pontuar que temos o maior batalhão da Polícia Militar em termos de efetivo do estado, já que os cerca de mil homens tem que atender não só a Campos, mas a vários municípios. A violência deveria merecer um amplo debate da sociedade organizada. É o mínimo que ela pode fazer e esperar que o máximo de promessas de campanha seja cumprida.
