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Justiça decide julgar Luana Sales em separado no “caso Ana Paula”

Acusada de encomendar morte da cunhada, Luana aguarda julgamento no presídio feminino de Campos

Campos
Por Redação
5 de novembro de 2018 - 15h21

Acusados do assassinato de Ana Paula Ramos (Foto Arquivo: Silvana Rust)

A defesa de Luana Barreto de Sales, acusada de mandar matar a cunhada — a universitária Ana Paula Ramos em agosto de 2017 —, conseguiu aprovação judicial para que seja julgada separadamente dos outros envolvidos na morte da jovem. O juiz Bruno Rodrigues Pinto cumpriu o artigo 589 do Código de Processo Penal, e determinou o desmembramento do julgamento feito em relação à acusada. Os outros envolvidos, Igor Magalhães de Souza, Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro e Marcelo Damasceno Medeiros que estão presos em Itaperuna serão julgados futuramente na mesma audiência. Luana aguarda julgamento no presídio feminino de Campos. Eles participaram de uma audiência no dia 18 de maio no fórum da cidade, onde testemunhas foram ouvidas pelo juiz. Luana nega participação no crime.

Luana Barreto Sales, é acusada de encomendar a morte de Ana Paula (Foto: JTV)

De acordo com advogados consultados pelo Terceira Via, o processo continua sendo o mesmo, mas os julgamentos acontecerão em datas separadas. “Isto beneficia a ré porque tira um pouco da emoção junto aos outros envolvidos no episódio. A pessoa sendo julgada em separado fica menos problemático para ela”, considera Carlos Alexandre Campos. Já para Guilherme Carvalho, o desmembramento do processo ocorre para dar maior celeridade ao próprio processo. “Muitas vezes ocorre problema com citação, por exemplo. O oficial não consegue citar todos os réus. Aí terá que ser aberto novo prazo para todos. O que acaba atrasando muito o processo”, diz. Não há data prevista ou confirmada para o julgamento dos réus envolvidos no “caso Ana Paula”

O crime

A universitária foi assassinada numa simulação de assalto (Foto:Divulgação)

Ana Paula Ramos, de 24 anos, foi baleada no final da tarde do dia 19 de agosto de 2017, na Rua Comendador Pinto, em uma praça, no Parque Rio Branco, em Guarus. As primeiras informações davam conta de que a vítima, que estava acompanhada da cunhada, Luana Sales, teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio, mas depois foi revelado à polícia que a cunhada teria encomendado a morte da universitária.

Luana teria acordado pagar R$ 2.500 para que dois assassinos cometessem o crime de modo que parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte) e, assim, extinguissem demais suspeitas. Antes do atentado, a cunhada já teria acertado R$ 2 mil e o restante seria pago após o episódio.

Além de Luana, outros três homens estavam envolvidos no esquema, os dois executores – Igor Magalhães de Souza, de 20 anos e Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, de 19 anos – e um terceiro, Marcelo Damasceno Medeiros, que seria o responsável por fazer a ligação entre Luana e os outros dois. Todos foram presos na mesma semana do crime.