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Operação “Rádio Fantasma” em Quissamã para prender suspeitos de peculato

Dono de rádio comunitária e funcionário do RH da Câmara de Vereadores são alvos da operação

Região
Por Redação
10 de outubro de 2018 - 15h14

Delegacia de Quissamã (Foto: Silvana Rust)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Carapebus/Quissamã, com apoio do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça (GAP/MPRJ), deflagrou, nesta quarta-feira (10/10), a Operação “Rádio Fantasma”, com objetivo de cumprir  mandados de prisão de Luiz Carlos de Almeida Manhães, vulgo “Manhães da Rádio”, e Marcelo Reis de Azevedo, ambos denunciados por crimes de peculato.

A investigação conduzida pela promotoria verificou que o denunciado Luiz Carlos de Almeida Manhães, proprietário da Rádio Comunitária Quissamã, recebia mensalmente remuneração pelo cargo de Técnico Legislativo da Câmara Municipal, sem, contudo, exercer essa atividade. Para tanto, Luiz Carlos falsificava ideologicamente seus registros de frequência, fazendo constar sua presença na Casa Legislativa, quando, na verdade, não comparecia ao serviço.

Além disso, a investigação demonstrou que o denunciado Marcelo Reis de Azevedo, exercendo o cargo de chefe de Divisão de Recursos Humanos da Câmara, auxiliou materialmente o primeiro denunciado na consumação dos crimes narrados na denúncia. Isso porque, mesmo ciente da falsidade constante das folhas de ponto preenchidas por Manhães da Rádio, Marcelo assinava os registros de frequência, permitindo a manutenção do esquema criminoso de desvio de dinheiro público.

Ressalte-se que, no curso da investigação, diversas diligências foram realizadas e confirmaram o delito e a falta de assiduidade de Luiz Carlos, destacando-se a colheita de prova testemunhal e a realização de vigilância sobre o aludido denunciado, ocasião em que agentes do GAP/MPRJ, através de técnicas de inteligência, acompanharam a rotina dele, realizando registros fotográficos e audiovisuais.

De acordo com a investigação, os desvios se iniciaram em março de 2000 e ultrapassaram a quantia de R$ 500 mil.