Profissionais da Educação se concentraram na Praça São Salvador na manhã desta quarta (Foto: Silvana Rust)
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) convocou uma para paralisação de 24 horas dos profissionais que atuam na Rede Municipal de Ensino de Campos dos Goytacazes, que deve acontecer nesta quarta-feira (26). Um ato público da categoria foi realizado na Praça São Salvador, na área central da cidade. O movimento foi decidido durante assembleia. O sindicato alega que não conseguiu negociar com a Prefeitura as reivindicações da categoria, que incluem reajuste salarial e eleição direta para diretores de escolas e creches. Segundo o Sepe, uma nova assembleia, ainda sem data, será realizada para definir os rumos do movimento.
“O Sindicato, legítimo representante da Educação, protocolou solicitação de audiência no gabinete do Prefeito Rafael Diniz, com cópias ao secretário de Gestão, André Oliveira; e secretário de Educação, Brand Arenari; para apresentar a nova gestão e dar prosseguimento na discussão da pauta de reivindicação da categoria. Entretanto ainda não fomos respondidos, o que evidencia mais uma vez o descaso e o desrespeito do governo municipal com os profissionais da Educação. Precisamos nos fortalecer perante o governo, pois somente dessa forma conseguiremos efetivar nossos direitos que já são garantidos pela Constituição Federal”, afirmou o Sepe em documento divulgado à imprensa.
A coordenadora do Sepe, Odisséia de Carvalho, denuncia falta de professores na rede municipal, salas superlotadas e escassez de materiais básicos no ensino regular. “Os professores estão comprando fralda, xampu, sabonete e outros itens que estão em falta. Sabemos que o governo anterior deixou a Educação arrasada, mas já faz dois anos do novo governo e não dá mais para jogar a culpa no anterior”, destacou Odisséia.
Manifestantes pedem melhorias na Educação (Foto: Silvana Rust)
A coordenação do Sepe ainda avalia a quantidade de escolas e creches que não funcionaram nesta quarta.
A equipe de reportagem fez contato com a Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Campos e aguarda posicionamento do órgão sobre o assunto.
Conheça as reivindicações da categoria:
1. Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) unificado da Educação e restabelecimento imediato das reuniões para revisão do PCCS;
2. Eleição direta para direção de escolas e creches;
3. Implantação de 1/3 da carga horária para planejamento em todas as creches, escolas de fundamental I e II;
4. Regulamentação das 30 horas para os auxiliares de secretaria;
5. Redução de carga horária de 40 para 30 horas para os auxiliares de turma;
6. Concurso público para todos os cargos da Educação municipal, pondo fim à precarização da mão de obra destes profissionais através do contrato por Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) e/ou processo seletivo, a fim de garantir pleno atendimento aos alunos da rede municipal, com qualidade e continuidade.
7. Equiparação salarial entre animadores culturais e instrutores de artes e ofícios.
8. Reajuste salarial.
