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I Fórum de Discussão Coração é Vida acontece nesta sexta-feira no auditório da CDL Campos

Evento objetiva discutir a respeito da oferta de exames para diagnosticar a cardiopatia e também para o tratamento da doença

Campos
Por Redação
3 de agosto de 2018 - 9h25

Acontece nesta sexta-feira (3), a partir das 10h, o I Fórum de Discussão Coração é Vida, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). O evento é promovido pelo vereador Cláudio Andrade.

O objetivo do fórum é discutir quais os tratamentos estão sendo oferecidos pela saúde pública do município a gestantes que precisam realizar o exame eco fetal e aos bebês e crianças cardiopatas. Segundo a cardiopediatra infantil que atuam em Campos, Francine Peixoto Ferreira, 78% da população brasileira não faz exames de cardiopatia e 1% da população do município sofre com essas doenças. Ainda de acordo com a média, o exame para detectar a enfermidade deveria ser feito ainda na gestação, entre a 24ª e a 28ª semana, no entanto, esse exame não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde e não está incluído no pré-natal da rede pública, embora seja “extremamente importante”.

A ideia do fórum surgiu após o programa Cláudio Andrade, apresentado aos sábados, de 11h ao meio-dia, na Rádio Educativa FM, quando o assunto foi abordado. Na ocasião, outra médica Érika Porto relatou que os pacientes do SUS  não conseguem realizar o eco fetal na rede pública do município e que o aparelho, que poderia realizar o exame, está quebrado no Hospital Geral de Guarus (HGG). Segundo a médica, muitas vidas poderiam ser salvas caso o município tivesse o equipamento necessário para a realização do ecocardiograma

Logo após o programa, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (Núcleo de Primeiro atendimento de Fazenda Pública) enviou ao gabinete do vereador Cláudio Andrade, cópia do procedimento de instrução nº 8\2018 para averiguar o não fornecimento do exame ecocardiograma fetal pela rede pública de saúde da cidade.

O procedimento foi instaurado após a defensoria tomar conhecimento da entrevista. Vão participar do evento as médicas Érika Porto e Francine Porto, além da Associação Pequenos Corações.

A cardiopatia

Durante a gravidez, o sangue que o bebê recebe é transmitido pelo cordão umbilical e oxigenado pelos pulmões da mãe. O coração tem um pequeno desvio que impede que o sangue chegue aos pulmões ainda em desenvolvimento do bebê, o canal arterial. Quando o pequeno deixa a barriga da mãe e passa a respirar por conta própria, o canal deve se fechar e o coração começa a funcionar livremente e é a partir daí que a cardiopatia pode ameaçar de fato o bebê.

Como é feito o diagnóstico
O ideal é que ele seja feito ainda na gestação, com o ecocardiograma fetal, ultrassom feito por um especialista em cardiologia pediátrica. Ele deveria ser parte da rotina do pré-natal, mas costuma ser solicitado hoje somente quando alguma alteração suspeita no funcionamento ou formato do coração aparece no ultrassom morfológico, que é feito a partir da 23ª semana de gravidez.

Algumas doenças já são flagradas nesta fase, mas, como o pulmão ainda encontra-se “desativado”, outras só chamarão a atenção depois do nascimento. Por isso, o importante é que se faça o teste do coraçãozinho em todas as maternidades.

Fique de olho
Nem sempre a cardiopatia será flagrada logo cedo. Por isso, dê atenção à a sinais como cansaço e dificuldade para respirar entre as mamadas e dificuldade de ganho de peso, que costumam aparecer perto do primeiro mês de vida. Nas crianças mais velhas, as infecções respiratórias persistentes, desmaios pele pálida, sensação de coração acelerado e cansaço durante a realização de atividades rotineiras também podem ser sintoma de algum problema no peito que passou batido no início da vida. Caso perceba algo do tipo, vale consultar um especialista.

(Fonte: bebe.com.br)