O Jornal Extra divulgou uma reportagem, nesta segunda-feira (16), afirmando que o PreviCampos – Instituto Previdenciário de Campos – empregou R$ 17 milhões em uma empresa que fechou as portas. A aplicação aconteceu em 2016, logo após a eleição, quando Rosinha Garotinho (Patriota) era prefeita da cidade pelo Partido da República (PR) e o candidato apoiado pelo grupo politico da prefeita, perdeu.
A empresa é a Marte Fornecedores FIDC Sênior, operador do Grupo Seta Atacadista — que, segundo a reportagem do Extra, fechou as portas poucos meses após receber o investimento. Com isso, o PreviCampos ficou com o prejuízo.
Ainda segundo a reportagem, de agosto a novembro de 2016, o instituto fez oito movimentações, que somaram quase R$ 400 milhões.
Apesar da crise, quatro ações têm previsão de resgate a longo prazo — somente para 2021.
O PreviCampos foi alvo de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal, na semana passada, dentro da Operação Encilhamento — que apura fraudes na aplicação de recursos de previdência municipais em fundos de investimento com debêntures sem lastro, emitidas por empresas de fachada.
Além disso, recentemente, o Tribunal de Contas reprovou as contas da Prefeitura de Campos de 2016.
A assessoria da ex-prefeita informou que as operações foram feitas diretamente pela PreviCampos, que é um órgão da administração pública indireta, que goza de autonomia e que não houve nenhum ato de responsabilidade de Rosinha. A assessoria destacou também que as aplicações foram autorizadas por diversos órgãos competentes.