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Entrevista: Luiz Carlos Chicri, nascido e criado no Centro

Empresário vai disputar a eleição para a presidência da Carjopa e fala sobre o que é possível fazer no perímetro central

Geral
Por Redação
16 de abril de 2018 - 0h01

Empresário Luiz Carlos Chicri (Foto: Divulgação)

Ele foi criado praticamente dentro da loja do seu pai, na rua João Pessoa, no Centro. Se o Centro é uma cidade de pequenas artérias, nas de Luiz Carlos Chicre corre um sangue de temperatura quente quando o assunto é a defesa desse espaço. E nem precisaria tanto, porque já estendeu seus negócios por outros corredores comerciais como a Pelica e Shoppings. Agora vai disputar uma eleição para a presidência da Carjopa, uma entidade que foi dirigida com extrema competência por seu vizinho e patrício Eduardo Chacur. Tem como adversário na disputa seu amigo Rodrigo Pérez. Nesta entrevista ele fala do Centro, suas necessidades e anseios. Afirma que há muita coisa para ser feita. Defende a união das entidades de classe e cobra mais segurança para o comércio e consumidores.

Seu nome é dado como de consenso para assumir a Carjopa. Pronto para o desafio?
Sim, independente de partidarismos, temos que ter contato com o poder público seja no Legislativo como no Executivo. A Política é arte de conversar, trocar opiniões, se entender. Precisamos melhorar a autoestima dos comerciantes, prestadores de serviços e dos nossos clientes que são a razão de nossa existência.

Ao tempo de Eduardo Chacur que presidiu de forma competente a entidade tinha um canal direto com o poder público. Você vai tentar fazer o mesmo?
Melhorar o aspecto, a aparência do nosso Centro. O estímulo por exemplo de criação de moradias e vinda de mais moradores para o Centro aumentaria em muito o nosso Centro. A alma de qualquer ambiente de negócios é a presença do povo. Temos que dar um tratamento digno de transporte, segurança e limpeza aos nossos clientes. Em vez de retração, temos que ser a atração do nosso município.

Quais são hoje as prioridades do Centro?
Quem sabe mais as demandas de sua cidade sãos as entidades representativas, tanto comercial, industrial, e principalmente dos cidadãos que tem que ser levadas ao poder público para que sejam acertadas. Todos queremos uma Campos melhor.

Você acha necessário urgência no termino da obra do Centro, levando-se em conta de que essa parte é bem custosa para uma prefeitura com poucos recursos?
É necessário e urgente. Com certeza a parte mais custosa já foi feita, temos que ter melhorias como a colocação da fiação para dutos subterrâneos, que foi a causa da obra, com consequente retirada dos postes, criação de baias tanto do lado direito como o esquerdo das ruas para embarque e desembarque dos nossos clientes e outras sugestões a mais.

Fala-se em um Comitê para Campos, com o objetivo de fornecer ideias para o poder público. O que acha disso?
Uma andorinha só, não faz verão, as entidades classistas coirmãs, CDL, ACIC, SINDIVAREJO, FIRJAN, SINDICATO RURAL DE CAMPOS… E a sociedade civil unidas nos representam e sabem os nossos anseios. Uma boa ideia.

Você tem sido um crítico dos reajustes dos impostos municipais. Como é isso?
Dar opiniões, expressar a vontade popular, demonstrada por todos em relação a impostos e taxas municipais, que podem e devem ser ajustadas, fazem parte de minha pessoa, mas tem que ser levada em conta a inflação e a crise nacional. Essa conduta deve ser o padrão de todo munícipe. Tanto é que foram feitas reduções em todos os
pleitos. Ainda temos a taxa de serviço de limpeza pública a ser conversada.

Um dos problemas sérios do Centro hoje é o estacionamento. Fala-se muito em edifícios garagens. Você sabe se algum está para brotar?
A nossa cultura é de estacionamentos térreos, como não temos subidas em nossa planície existe uma certa dificuldade em subidas de garagem. Acredito que a colocação de cobrança em nossas vias públicas traria um rodízio maior de veículos e a preparação por exemplo do Cais da Lapa ajudaria e muito.

E a questão do transporte no Centro da cidade?
Essencial, é um complemento da resposta acima. Um transporte público prazeroso de se utilizar, diminuiria expressivamente a necessidade da população de usar o seu veículo para o centro. A criação de estação de embarque e desembarque para vans ou micro ônibus, por exemplo na rua 7 de setembro, colocaria um fluxo entre o Mercado Municipal e todo o Centro.

Fale um pouco da questão da segurança no Centro?
Segurança é um problema nacional é deve ser combatido com inteligência e punição. Falta respeito aos nossos agentes de segurança municipal, estadual e federal. O ministério público junto ao poder público municipal e as entidades estão em fase de implantação de um sistema de vigilância por câmeras que servirá para o controle das ações de infração com maior agilidade em pegar em flagrante o infrator.

Você é um empresário com experiência da Pelinca e no maior shopping de Campos. O Centro ainda pode recuperar seu espaço ou está perdendo terreno?
Temos público para toda área deste nosso amado município. Mas o Centro é o cartão postal de qualquer local do mundo. Aqui temos todo tipo de comércio e prestação de serviço que em nenhum outro bairro ou shopping tem. Nosso Centro é rico em tudo, desde Patrimônios Históricos, a diferentes etnias, a cultura do bate papo do homem da rua em pé. Temos que “polir” nosso Centro. Ele merece esse carinho.