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Linhas de ônibus do consórcio União passam a ser atendidas por outras empresas a partir desta segunda-feira

Medida foi tomada pelo IMTT devido ao descumprimento de regras, como horários e gratuidade a estudantes e idosos

Campos
Por Redação
26 de fevereiro de 2018 - 9h23
(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

A partir desta segunda-feira (26), as linhas atendidas pelo consórcio União (até o momento cumpridas pelas empresas São Salvador, Turisguá, Siqueira e Cordeiro) devem ser oferecidas às empresas Planície e Rogil. A informação é do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT). De acordo com o órgão, essa medida será tomada por causa do não cumprimento do consórcio de regularização das linhas de atendimento ao transporte público. No entanto, alguns impasses estariam impedindo a concretização da medida.

Segundo o presidente do IMTT, Renato Siqueira, “os trâmites serão executados respeitando os procedimentos jurídicos, e todos os esforços serão mantidos para agilidade nos procedimentos”. Entre os itens que não estariam sendo cumpridos pelo consórcio União estão: a retirada dos ônibus de algumas linhas por parte das empresas, o desrespeito aos horários estipulados e o não cumprimento à gratuidade para idosos e estudantes.

Uma notificação foi encaminhada à líder do consórcio União e proprietária da empresa Turisguá, Rosimere Araújo Reis. O documento destaca, ainda, o desrespeito à Lei de Greve nas paralisações — sem assembleias, o descumprimento do prazo de 72 horas antes de paralisar as atividades e desrepeito ao percentual mínimo de ônibus circulando pelas ruas da cidade. Cita-se ainda a inadimplência em relação à prefeitura com o não pagamento de multas e parcelas da compra dos ônibus, além do não cumprimento de contrato para implantação do sistema de bilhetagem eletrônica, entre outros tópicos.

Na última semana, o IMTT notificou o consórcio União para que, em 48h, regularizasse as atividades nas linhas de sua responsabilidade. O não cumprimento dessa regularização já previa o oferecimento das linhas, em caráter emergencial, às outras empresas que compõem os demais consórcios.

Pelo telefone, uma das proprietárias da Turisguá, Rosimeri, informou que “continuamos operando com 90 ônibus. Somos o único consórcio que entrou com o número de coletivos exigidos. O sr. Renato (Siqueira) deveria era fiscalizar os outros consórcios que não têm ônibus suficiente para atender à população. Fiscalizar as lotadas que agem ‘nas barbas’ do IMTT. Como posso prestar um bom serviço se a maioria dos passageiros são os não-pagantes? Uma empresa que transporta, na sua maioria, gratuidade não pode ter dinheiro para pagar os funcionários e fornecedores”.

Também pelo telefone, os representantes dos Consórcios União e Rogil destacaram que ainda não foram informados sobre a possível responsabilidade das linhas da Turisguá.

Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou contato com a assessoria de comunicação da prefeitura, sem obter respostas. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará as versões para este fato.