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Aids: vilã da folia entre os jovens

Principalmente no carnaval, todo cuidado é pouco para evitar as doenças sexualmente transmissíveis

Saúde
Por Redação
26 de fevereiro de 2017 - 16h16

sem-titulo-1Vamos admitir: a folia estava ótima, o clima esquentou e acabou rolando sexo sem proteção. Tudo bem, foi só uma vez, na empolgação. Mas basta uma vez para que você seja contaminado com o vírus HIV ou contraia alguma outra doença sexualmente transmissível (DST), como a sífilis e a hepatite B. Um tremendo clima de Quarta-feira de Cinzas!

Parece óbvio, mas no carnaval esta história se repete em toda parte. “É nesta época que as pessoas mais nos procuram”, admite o enfermeiro Rodrigo Azevedo, que trabalha no Centro de Doenças Infecto Contagiosas de Campos, para onde são encaminhados os pacientes suspeitos de terem contraído alguma DST. O principal alerta é em relação ao vírus da Aids: semanalmente, o setor realiza até 50 testes de HIV e confirma em média 23 casos positivos. No momento, mais de 1.300 pessoas fazem o tratamento contra o vírus, à base de medicamentos fornecidos pelo Ministério da Saúde.

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Nos últimos anos, a medicina avançou bastante no tratamento contra o HIV. Os soropositivos, que antes viam a Aids como uma sentença de morte, hoje levam uma vida normal graças à eficiência dos tratamentos médicos. Talvez por isso tenha havido uma certa acomodação e até relaxamento por parte dos governos na realização de campanhas de esclarecimento. O resultado é que os casos de Aids voltaram a subir no Brasil nos últimos anos.

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Se você vai curtir os três dias de festa, aproveite. Mas Rodrigo orienta: já saia de casa com a camisinha no bolso, contando que vai encontrar aquela pessoa especial, vai rolar uma química e… o resto você já sabe. E nunca se esqueça: o preservativo deve ser usado não apenas no sexo vaginal, mas também nos sexos oral e anal, potenciais vias de contágio das DSTs.

Para os desprevinidos, o caminho pode ser longo e angustiante. Havendo sexo sem proteção, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para fazer um teste. É importante agir rapidamente, porque, passadas até 72 horas do contágio, na maioria dos casos é possível evitar que a doença se instale. Mas é necessário um tratamento à base de medicamentos por 28 dias consecutivos, sem a garantia de que tudo vai terminar bem.

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E então, vai topar todo esse transtorno? É o tipo de emoção que ninguém precisa neste carnaval. Caia na folia, mas com responsabilidade!

Se liga

Use sempre preservativo nas relações sexuais. Quando for brincar o carnaval, leve a camisinha no bolso ou na fantasia.

Guarde o preservativo corretamente. Não adianta usá-lo se estiver furado e rasgar no meio da relação. Confira se ele tem o selo do Inmetro.

Tenha cuidado na hora de colocar o preservativo. Coloque com o pênis ereto, tendo o cuidado de apertar a ponta para não ficar com ar dentro. Desenrole do lado certo até o final. Nunca use dois preservativos juntos, pois aumenta a chance de rasgar.

Use preservativo também no sexo oral e anal, que não impedem o contágio. Se não tiver preservativo, evite a penetração.

Seja criativo, se não quiser desperdiçar a oportunidade.

Filhos do carnaval

A assistente social Fátima Castro lembra dos inúmeros casos de gravidez indesejadas que ocorrem durante o carnaval. É o que ela chama de “ filhos da folia”. Quase sempre isso ocorre com casais de adoslecentes no curso dos dias de carnaval. Gera uma série de consequências, sendo a pior delas as tentativas de aborto, que muitas vezes resultam em situações dramátcas. Segundo Fátima, a camisinha resolve tanto o problema da gravidez indesejada quanto das doenças sexualmente transmissíveis. Acrescenta que isso ocorre com mais intensidade no carnaval pelo grande apelo sensual da festa que na tradução literal significa “festa da carne”.