O apresentador Cláudio Andrade do programa A Polêmica, na 3ª VIA TV, marcou um tento no jornalismo ao entrevistar com exclusividade o ex-vereador Nelson Nahim, conteúdo que se transformou em reportagem especial desta edição. Pela primeira vez, o político condenado no caso “Meninas de Guarus”, que recorre em liberdade, falou sobre este e outros assuntos tão delicados quanto. Como por exemplo, o rompimento político e pessoal com seu irmão, o ex-governador Anthony Garotinho.
Cláudio Andrade usou toda a sua expertise de comunicador experiente e de advogado, para arrancar palavras até então não ditas por Nelson Nahim, que teve o seu direito de defesa preservado ao negar seu envolvimento no caso de exploração sexual de menores. Ao mesmo tempo, foi cobrado dele explicações sobre outros embaraços. Andrade soube humanizar a questão ao ponto de levar o entrevistado às lágrimas em determinado momento.
Com seu estilo que se assemelha ao entrevistador Roberto D´Ávila, Cláudio Andrade não atuou nem como um confessor ou um inquisidor. Apenas envolveu o personagem em seus próprios fatos, sem em nenhum momento julgá-lo. Trata-se de um bom momento do jornalismo regional por ser um assunto polêmico que fez jus ao nome do programa de televisão que, com isso, ganha cada vez mais credibilidade.
Coube ao experiente repórter Ocinei Trindade triar o conteúdo da entrevista que será exibida na televisão em reprises no curso desta semana, e que depois estará disponível na Internet. Ocinei acompanhou atentamente a entrevista no estúdio, e também conversou com Nelson Nahim, avaliando bem os pontos mais relevantes para ser colocado no papel. A fotógrafa Silvana Rust foi igualmente sensível ao captar vários gestos e faces do entrevistado.
Fato é que Nelson Nahim está com o nome da mídia nacional, pois é suplente da deputada federal Cristiane Brasil que poderá ser ministra do Trabalho. Ele não se furtou de falar de nenhum assunto perguntado. Pode não ter dado todas as respostas, mas até então, nunca tinha revelado tanto sobre os assuntos que transformaram recentemente sua vida em um inferno astral.
O bom jornalismo não pretende colocar o entrevistado em um polígrafo – detector de mentiras -, mas buscar sempre pela verdade. Por uma questão de ética, destaca-se que o entrevistado não se esquivou de nenhuma das perguntas. No mais, leiam a reportagem e assistam a entrevista.
