Campos mudou a sua fotogenia nas últimas três décadas. Como bem definiram as jornalistas Ulli Marques e Laila Nunes, autoras da reportagem especial desta edição, a planície de horizontes tridimensionais, onde tudo se via por todos os lados, agora se vê uma amplidão contida. Ulli e Laila desenharam um retrato concreto da nova Campos, onde a visão já não alcança tanto.
Mas na cidade sem morros é possível, hoje, subir no topo de um vigésimo andar e ter um olhar de mirante, quase arranhando o céu com as unhas. Para alguns, o crescimento vertical provoca vertigem, mas essa tendência é irreversível. A cidade cresce para cima e as pessoas, em sua maioria, não querem morar longe dos núcleos, e se amontoam andar sobre andar.
Além do preço que sobe de acordo com o número do andar, a cidade paga um preço por isso e, talvez, o maior deles seja a distância dos tempos em que era uma típica cidade do interior. Mas não há como se esquivar, pois a cidade foi atingida à queima-roupa pelo progresso. Isso tudo fez com que os hábitos de seus habitantes mudassem.
Os elevadores que podiam ser contatos nos dedos de uma única mão, passaram a ser veículos essenciais nesta vida que sobe e que desce, vida que se vive nas grandes cidades. Na semana passada, a Caixa Econômica Federal liberou recursos para novos investimentos verticais em Campos e existem bem mais de duas dezenas de prédios em plena construção.
Enquanto isso, casas são compradas por incorporadoras, onde em um futuro breve serão construídos novos edifícios. O crescimento vertical de Campos é espantoso e parece ter acontecido da noite para o dia. A Pelinca, onde os prédios residenciais estão praticamente perfilados, até há muito pouco tempo era um bairro de chácaras e hoje ostenta paredões de concretos.
A cidade ganha um perfil metropolitano e a tendência é esse aspecto se acentuar. É Campos a um passo de ser chamada de a Grande Campos. Lasix reviews buy dopoxetine buy lioresal online
