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Aos 91 anos, idoso recebe o primeiro diploma na vida

Geraldo Ribeiro e outros 200 formandos participaram do Programa Brasil Alfabetizado em Campos

Campos
Por Redação
8 de dezembro de 2018 - 9h45

Sr.Geraldo comoveu a todos pelo esforço em estudar (Foto: SupCom)

Muita comemoração e comoção entre estudantes e vários idosos da zona rural de Campos que participaram do Programa Brasil Alfabetizado (PBA). “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim”, a famosa frase atribuída a alguns autores sintetiza um momento bastante significativo para os mais de 200 formandos do Programa Brasil Alfabetizado (PBA), uma parceria entre a secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Smece) e o governo federal, através da subsecretaria de Projetos e Convênios. O evento aconteceu no auditório do campus Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF) e foi carregado de emoção.

O ponto alto da noite foi a entrega do certificado a Geraldo Nascimento Ribeiro, feliz pela sua conquista aos 91 anos. O estudante recebeu o diploma das mãos do secretário de Educação, Brand Arenari. “É uma honra poder fazer parte deste momento de conquista para os formandos e de lição de vida para todos nós. A alfabetização faz parte do processo de cidadania. Ao decifrar os códigos de leitura e escrita de uma sociedade ficamos mais inseridos nela.  Nunca é tarde para o conhecimento”, frisa.

O programa atende jovens a partir dos 15 anos. Em Campos, a maioria dos estudantes possui mais de 65 e são moradores da zona rural, boa parte com uma história de vida dedicada ao corte de cana e as lavouras. O diploma de foi o primeiro para muitas famílias, conquista que mereceu celebração com direito a roupa nova e jantar especial esperando em casa, como confessaram alguns.

“O PBA alfabetiza jovens e adultos que não tiveram chance de aprender a ler na infância e que, mesmo hoje, têm dificuldades de dar início à sua vida escolar frequentando uma unidade de ensino regular. Sua estrutura permite que a alfabetização chegue às pessoas em outros ambientes que não só a escola. Por isso o programa é tão importante”, destaca a subsecretária de Projetos e Convênios da Smece, Joana Campinho.

Fonte: SupCom