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Professores, alunos e servidores se reúnem em conferência na Uenf

O Fórum das Graduações do Centro de Ciências do Homem discutiu desafios atuais e futuros para a universidade

Educação
Por Ocinei Trindade
11 de outubro de 2018 - 16h49

Diretor do Centro de Ciências do Homem da Uenf, Marcelo Gantos (Foto: Silvana Rust)

Foi encerrado esta semana o primeiro Fórum das Graduações do Centro de Ciência do Homem, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, que tratou de questões enfrentadas por professores, estudantes e servidores na instituição. Com a proximidade do fim de mandatos dos governos federal e estadual, há diversas expectativas e preocupações quanto ao futuro da Uenf, a manutenção dos cursos de graduação e pós-graduação, além de financiamento de pesquisas e bolsas de estudos. O evento foi presidido pelo diretor do CCH, professor Marcelo Gantos. “Como instituição político-pedagógica, a universidade precisa pensar seus cursos e a democracia”, frisou.

Professores, alunos e servidores participaram do fórum (Foto: Silvana Rust)

A primeira mesa de discussões tratou do tema “A Graduação do CCH em tempo de crise: Refletindo estratégias” com objetivo de promover uma análise de conjuntura, compartilhar problemas enfrentados pelas coordenações e pró-reitoria. Coube a professora-doutora Arlete Sendra moderar o debate. Em outro momento, as discussões seguiram com a mediação da professora-doutora Wania Mesquita que compartilhou problemas enfrentados pelos alunos, pela biblioteca e pelos secretários de curso.

A última mesa de discussões tratou de “Meios e mecanismos de cooperação interlaboratorial”. A finalidade é  promover um diálogo entre os chefes de laboratório sobre possíveis estratégias de cooperação entre os laboratórios do CCH visando a otimização da oferta de disciplinas – obrigatórias e optativas – para os três cursos de graduação do Centro. A moderação coube ao professor-doutor Carlos Henrique Medeiros.

As questões eleitorais acabaram fazendo parte das abordagens do fórum.  Especula-se o futuro dos investimentos públicos no ensino superior e na pós-graduação pelas esferas federal e estadual a partir do ano que vem, em prováveis governos de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na presidência do Brasil; além das possíveis gestões no Rio de Janeiro com os candidatos Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) que disputarão as eleições em segundo turno no dia 28. A Uenf em seus 25 anos de história tem atravessado diversas crises em sucessivos governos. O professor Sérgio Arruda listou vários episódios em que a universidade se viu ameaçada desde a sua inauguração em 1993. A atual crise política foi mencionada pela professora Arlete Sendra que destacou o papel da instituição nesses enfrentamentos. Apesar das dificuldades, a Uenf figura entre as melhores e mais conceituadas universidades do país.

De acordo com o diretor do CCH, Marcelo Gantos, a universidade precisa voltar a pensar suas capacidades políticas. “A universidade é por natureza uma instituição política. Atualmente há muita liberdade, mas pouca consciência política. É preciso envolver profissionais e alunos para discutirem políticas dentro da universidade. A Uenf precisa pensar a graduação e a manutenção de seus cursos. Entre outras coisas, o importante é que preservemos o sistema democrático”, concluiu.