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Velhos nomes disputam o Senado

São quase todos figuras carimbadas na política fluminense, como o ex-prefeito da cidade do Rio, César Maia

Política
Por Marcos Curvello
24 de setembro de 2018 - 0h01

O Jornal Terceira Via dá continuidade, neste fim de semana, à série de reportagens especiais sobre as Eleições do próximo mês de outubro. Depois dos postulantes à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e à Câmara dos Deputados, chegou a vez dos candidatos ao Senado Federal.

Câmara alta do Congresso Nacional, o Senado tem 81 cadeiras, mas apenas 54 terão novos donos em 2018, já que o mandato é de oito anos e a casa renova, alternadamente a cada eleição, um terço e dois terços de seus membros. Este ano, os eleitores de cada estado deverão escolher dois candidatos.

Ao contrário das candidaturas de deputados estaduais e federais, nenhum aspirante ao senado tem origem na região. Conheça um breve perfil dos principais deles abaixo.

Aspásia (PSDB)

Professora licenciada de Sociologia e Ciências Políticas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aspásia Camargo tem 75 anos e é carioca. Foi eleita vereadora na capital do Estado em 2004 e reeleita em 2008. Dois anos depois, foi alçada da Alerj à Câmara dos Deputados, onde cumpriu um mandato. Foi candidata derrotada a prefeita do Rio em 2012 e vice na chapa de Carlos Osório em 2016. Atualmente, é subsecretária municipal de Planejamento e Gestão da cidade do Rio.

Cesar Maia  (DEM)

Três vezes prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia cumpre, atualmente, mandato de vereador no município, onde nasceu. É economista, tem 75 anos, e começou sua carreira política nos movimentos estudantil e sindicalista. Foi deputado federal constituinte após retornar do exílio no Chile e permaneceu na Câmara entre 1987 e 1992, ano em que foi eleito prefeito pela primeira vez. Foi candidato derrotado ao governo do estado em 1998. Em 2000, foi eleito novamente para comandar a capital, feito que repetiu em 2004.

Chico Alencar (PSOL)

Com 68 anos e formado em História pela Universidade Federal Fluminense, Chico Alencar foi um dos líderes do movimento das Associações de Moradores do Rio de Janeiro, sua cidade natal. Eleito vereador da capital em 1989, chegou à Alerj em 1998. Lá, presidiu a Comissão de Direitos Humanos e foi vice-presidente da Comissão de Educação. Eleito deputado federal em 2002, recebeu nas urnas mais um mandato em 2006. Em 2014, foi novamente eleito à Câmara dos Deputados, onde atua como líder do PSOL.

Eduardo Lopes  (PRB)

Natural de Santo André, em São Paulo, Eduardo Lopes tem 54 anos, é radialista e teólogo. Se candidatou a deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro pela primeira vez em 2006, quando obteve a primeira suplência pelo PSB. Assumiu o mandato em 2007 e permaneceu na Alerj até 2010, quando foi eleito para o Senado já pelo PRB. Após cumprir mandato de oito anos, tenta a reeleição. Em 2014, assumiu o Ministério da Pesca e Aquicultura. Presidente regional do PRB, em 2016 ocupou a direção nacional do partido.

Flávio Bolsonaro (PSL)

Flávio Bolsonaro tem 37 anos, é advogado e empresário nascido em Resende. Foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2003. Atualmente, cumpre seu quarto mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, tendo sido reeleito em 2006, 2010 e 2014. No segundo mandato, foi presidente da Comissão Especial de Planejamento Familiar. Em 2016, foi candidato derrotado à Prefeitura do Rio de Janeiro, tendo terminado a eleição em quarto lugar. Atualmente, é presidente do diretório fluminense do PSL.

Lindbergh Farias (PT)

Nascido em João Pessoa, na Paraíba, Lindberg é senador pelo Estado do Rio de Janeiro e tenta a reeleição. Começou sua carreira política no movimento estudantil e, em 1994, aos 24 anos, foi eleito deputado federal. Derrotado na tentativa de reeleição, se lançou como vereador, em 2000, mas também não foi eleito. Voltou à Câmara dos Deputados em 2003, mas abandonou o mandato no ano seguinte para assumir a Prefeitura de Nova Iguaçu, para a qual foi reeleito em 2008. Em 2014, perdeu a eleição para Governador do estado.

Miro Teixeira (REDE)

Miro Teixeira, tem 73 anos, é carioca, jornalista e advogado. Iniciou a vida pública em 1970, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez. Depois, foi reeleito para mais dois mandatos. Em 1982, foi candidato derrotado a governador do Estado. Voltou à Câmara dos Deputados em 1986, onde cumpre seu oitavo mandato consecutivo. Em 1996, se candidatou a prefeito do Rio de Janeiro, mas acabou derrotado. Entre 2003 e 2004, foi ministro das Comunicações.

Pastor Everaldo (PSC)

Everaldo Dias Pereira tem 62 anos, é natural do Rio de Janeiro, atuário formado e pastor evangélico. De 1999 a 2002 foi subsecretário da Casa Civil no governo do Rio de Janeiro. Escolhido em 2015 para comandar nacionalmente o PSC após permanecer 12 anos como vice-presidente da legenda, se candidatou pela primeira vez a um cargo majoritário nas eleições de 2014, mas acabou na quinta colocação na corrida pela Presidência da República. Agora, tenta uma vaga no Senado Federal.