O delegado adjunto da 134ª Delegacia de Polícia do Centro de Campos, Pedro Emílio, organizou uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (6) para prestar esclarecimentos sobre o caso do taxista de São Paulo que desapareceu esta semana após realizar uma corrida para Campos e apareceu morto no município de Rio Bonito. Segundo o delegado, a vítima, José Oliveira dos Santos, de 64 anos, teria sido vítima de uma emboscada realizada por essas duas famílias entre o município de São Gonçalo e Rio Bonito.
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O taxista deixou a cidade de São Paulo por volta de 12h30 de segunda-feira (3) após ser contratado por duas famílias — dois casais e cinco crianças, sendo um bebê — para uma corrida até Campos dos Goytacazes. Ele recebeu essa oferta na rodoviária do Tietê. José fez contatos com a própria família durante o caminho; a última ligação que realizou foi por volta de 19h, quando informou que já havia passado pela ponte Rio-Niterói e se encontrava na altura do município de São Gonçalo.
Algo teria ocorrido entre as cidades de São Gonçalo e Rio Bonito, onde o corpo foi encontrado na noite do dia 4 com os braços amarrados e uma perfuração por arma de fogo no pescoço. Após uma provável luta corporal, os autores do crime amarraram os braços do homem e teriam seguido a viagem com o carro roubado. O veículo foi abandonado na localidade de Ibitioca em Campos dos Goytacazes. Os suspeitos desse crime ainda não foram identificados.
As famílias que contrataram José Oliveira teriam alegado a ele que não teriam condições de vir para Campos de ônibus. Para que taxista efetuasse a corrida, eles pagaram R$ 900 em dinheiro e um celular empenhado e prometeram que outra pessoa pagaria mais R$ 600 a José após a corrida. Essas famílias seriam, a princípio, moradores de rua que não haviam encontrado emprego na capital paulista e tinham familiares em Campos. Em função disso, eles queriam vir para a cidade em busca de oportunidades.
O carro, quando foi encontrado, estava com marcas de sangue principalmente no banco do carona e no painel. O exame genético feito nesse sangue ainda não foi concluído, por isso não se sabe se somente o taxista foi ferido nesse confronto.
Ainda de acordo com o delegado, não dá para afirmar até que o ponto o crime foi planejado pelas famílias. O caso segue em investigação e o delegado afirmou que essas são as únicas informações coletadas até o momento que podem ser divulgadas.