Wadih Damous é um dos convidados do debate na Uenf (Foto: Reprodução)
O ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, que defende o ex-presidente Lula como advogado, é um dos convidados para analisar o documentário “O Processo” que mostra os bastidores do julgamento de Dilma Rousseff, afastada da Presidência da República, em 2016. Damous é um dos convidados do encontro mediado pela professora e socióloga da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Luciane Silva. O jornalista Marcel Silvano também participa do evento, logo após a exibição do filme de Maria Augusta Ramos, na sala de cinema da Uenf, na quarta-feira (22), às 18h.
A cineasta Maria Augusta durante filmagens de O Processo (Reprodução)
O atual período eleitoral e as polêmicas que envolveram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, sem falar na candidatura do ex-presidente Lula nas eleições deste ano, apesar dele estar preso em Curitiba após condenação no caso do triplex do Guarujá pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, são temas que repercutem bastante em todo o país. Direta ou indiretamente, a crise política dos últimos anos está retratada no filme de Maria Augusta Ramos, uma coprodução Brasil-Alemanha premiada no exterior, e exibida nos cinemas brasileiros recentemente.
O documentário da cineasta Maria Augusta Ramos acompanha a crise política que afeta o Brasil desde 2013 sem nenhum tipo de abordagem direta, como entrevistas ou intervenções nos acontecimentos. A diretora passou meses no Planalto e no Congresso Nacional captando imagens sobre votações e discussões que culminaram com a destituição da presidente Dilma Rousseff do cargo. Para a professora e socióloga Luciane Silva, a exibição e a discussão sobre a obra é importante neste momento difícil pelo qual o Brasil atravessa, com graves problemas políticos, sociais e econômicos.
A socióloga Luciane Silva é mediadora do encontro (Foto: Reprodução)
“Essa sessão de cinema é especial devido ao momento pelo qual o país passa, com reviravoltas a cada semana sobre as eleições. A Maria Augusta Ramos tem sido muito premiada com seus filmes como “Justiça” e ” O morro dos prazeres”. A cineasta em “O Processo” consegue apresentar uma visão distinta da grande mídia.É o momento para uma discussão importante sobre o golpe e suas consequências, além de estarmos às portas de uma eleição de significado profundo para a democracia nos próximos anos”, conclui Luciane.
