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 A Força apresenta suas armas

Uma reflexão sobre as ações dos militares em Guarus, onde bairros são dominados por traficantes

Opinião
Por Blog dos Jornalistas
12 de agosto de 2018 - 0h02

Militares do Exército ocupam o subdistrito de Guarus, em Campos (Foto: Silvana Rust)

A operação que as forças de segurança, envolvendo o Exército e o Batalhão de Operações Especiais – BOPE- fizeram no curso da semana passada, em Guarus, uma das áreas mais violentas do Estado do Rio de Janeiro, veio constatar a gravidade da violência naquela área.

A ação, embora pontual, e sem sinais de continuidade, certamente inibiu o núcleo do tráfico de drogas que controla quase toda Guarus, principalmente as áreas mais frágeis socialmente falando, onde os bandidos expulsavam os moradores de suas residências e estabeleciam toque de recolher.

Por muitas vezes esse jornal colocou o dedo na ferida, demonstrando que a situação em Guarus é insustentável como uma violência crescente e graças a lei do silêncio uma impunidade quase perpétua, apesar dos esforços das autoridades policiais locais.

O Exército e o BOPE apresentaram suas armas: munição pesada aliada a tanques de guerra e o Caveirão – o temido blindado do Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio. Diante deste poderio, o tráfico encolheu por esses dias. Isso significa que incursões como essas tem que ser rotineiras.

A operação também provou que Guarus é mais violento do que a favela de Nova Holanda, em Macaé, apontada até então como a área mais perigosa do interior do Estado, devido ao controle do tráfico de drogas. A situação de Guarus é bem mais grave sim e essa deve ser a primeira de muitas operações do gênero, caso contrário, as autoridades de segurança estarão enxugando o gelo