As vitrines avisam: já começou a contagem regressiva para o Dia dos Pais. E os comerciantes esperam que a data, celebrada no segundo domingo de agosto e uma das mais importantes do calendário anual da categoria, ajude a recuperar parte das perdas ocasionadas pela greve dos caminhoneiros — segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o setor foi impactado em R$ 27 bilhões.
Em Campos, o comércio torce para que se venda pelo menos o mesmo que no ano passado. “Se repetir os números de 2017, já será muito bom. Se houver aumento, será extraordinário. Isso, claro, considerando o panorama geral do comércio varejista, porque há setores, como vestuário, calçadista, eletroeletrônico, perfumaria e alimentação, que são, naturalmente, mais beneficiados pela data”, avalia Joilson Barcelos, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas.
Oferecendo descontos e facilidades na hora de pagar, os lojistas já renovaram os estoques e se empenham em atrair a clientela. Gerente de uma loja de roupas localizada na Rua João Pessoa, Ivone Dutra diz que aposta em exclusividade.
“Sempre procuramos buscar com nossos fornecedores o que ninguém tem. Há muitas lojas que comercializam exatamente os mesmos produtos. Nós tentamos, sempre que possível, trazer o diferente, o que ninguém tem para oferecer. Aliado a isso, oferecemos, nestas datas, condições exclusivas de pagamento no cartão de crédito e também no crediário, que é uma forma de compra que resgatamos nos últimos meses”, conta.
A receita deve agradar a quem procura um presente bom e que caiba no bolso. É o caso da bancária Catarina Borges.
“Costumo dizer, lá em casa, que tenho três pais: o biológico, o de criação — minha mãe se separou e voltou a se casar pouco depois do meu nascimento — e meu avô, que eu amo de paixão. Então são três presentes e, como se sabe, o mar não está para peixe”, diz.
A bancária tem a dica dos especialistas na ponta da língua. “Temos que procurar, pesquisar com calma e ver as melhores condições de pagamento. Se puder, pago tudo à vista, para não rolar dívida”, diz.