Com serviços básicos sucateados por uma sequência de equívocos administrativos que vêm de longe e com sequelas do esvaziamento de um orçamento milionário, a cidade de Campos agora é apontada como uma das mais baratas do Estado do Rio de Janeiro para se viver.
Como afirmaram economistas e empresários, isso não significa que é uma cidade onde possa se viver bem. O custo de vida em Campos baixou exatamente pelo fato de que o mercado consumidor, o maior do interior do Rio, acabou ficando sem poder aquisitivo.
Com o dinheiro deixando de circular, o mercado imobiliário, comércio e prestadores de serviço baixaram os preços como forma de sobrevivência, fazendo girar o capital. Mas trata-se de uma deflação forçada, sem o alicerce de uma estratégia econômica.
O ideal seria: os preços baixando e o poder de compra aumentando. Isso é o que toda economia sadia apregoa. A reportagem especial desta edição debruça sobre esse assunto com cautela e usando sempre a interrogação. Existem pessoas que moram em Campos e acham que pagam caro por isso.
O receio é de, quando a economia der sinais de recuperação, esses preços forçados para baixo subam com uma intensidade ainda maior para recuperar o lucro que no momento não pode ser obtido. Neste caso, os habitantes desta cidade pagarão caro por isso. É barato viver em Campos? As opiniões são divergentes.
