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Eraldo Leite: a voz de Campos na Copa

No currículo deste campista já são nada menos que dez mundiais

J3 Esporte
Por Redação
17 de junho de 2018 - 13h07

Eraldo Leite participa do décimo mundial, na Rússia (Foto: Arquivo Pessoal)

Ele saiu de Campos em 1975 para estudar jornalismo, se formou e foi contratado pela Rádio Nacional para integrar a jovem equipe comandada por José Carlos Araújo. Em seguida, trabalhou como repórter esportivo, foi chefe de reportagem e, hoje, Eraldo Luís Tinoco Barbosa Leite, o campista Eraldo Leite, como é conhecido popularmente, passou a ser o comentarista principal da Rádio Globo/CBN, e exerceu a função de coordenador da equipe da Rádio Globo de 2009 a 2016.

Eraldo apresentou, por cerca de 10 anos o programa dominical “Enquanto a Bola Não Rola”, que reunia os comentaristas da Rádio Globo: Dé Aranha, ex-jogador de futebol, Felipe Cardoso, convidados e os Trepidantes (repórteres da Rádio Globo) e Luiz Mendes, falecido em outubro de 2011.

Eraldo já seguiu para a Rússia, para a cobertura da décima copa do mundo e na bagagem, levou toda a experiência acumulada durante todos esses anos.

Copa do Mundo de 1994 (Foto: Arquivo Pessoal)

“Vai ser uma Copa diferente para mim, pois nas outras nove eu tinha a missão de cobrir a seleção, seguia os passos do time brasileiro e não podia deixar escapar nenhuma informação. Agora vou ficar em Moscou, com um olhar mais amplo para Copa como um todo e pretendo buscar informações curiosas, fatos relevantes, mas que não digam respeito apenas à seleção brasileira”, contou Eraldo.

Sobre os novos recursos de vídeo que serão utilizados neste mundial o jornalista acredita que eles vão corrigir alguns erros, mas não todos.

“Com a TV mostrando todos os lances por cinco, seis ângulos diferentes, os árbitros ficaram muito expostos e não dá para ignorar a necessidade do árbitro de vídeo. O futebol nunca será um esporte totalmente justo. Um dos mais graves que me lembro foi o gol de cabeça de Zico, anulado quando ele já estava no ar para cabecear a bola e o juiz encerrou o jogo”, lembrou Eraldo.

Campista também atuou no mundial de 1998

Eraldo também atua como presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro, a (Acerj). Quando perguntando em quais seriam as maiores dificuldades para os jornalistas que cobrem uma Copa do Mundo o jornalista não hesitou em responder.

“Para um jornalista, trabalhar na cobertura de uma Copa do Mundo tem o mesmo valor de um jogador de futebol convocado para defender seu país. Mas a Fifa impõe muitas limitações, sobretudo para o meio rádio, cobrando taxas extorsivas para permitir a compra de direitos. Não deveria ser assim. O futebol é o esporte mais popular do mundo e os veículos de comunicação deveriam ter mais facilidade e poder credenciar maior número de profissionais para fazer a cobertura da maior competição de futebol”.

Em 2014, Eraldo cobriu sua nona Copa do Mundo, como profissional de destaque da Rádio Globo do Rio de Janeiro, pela última vez como repórter e, ao mesmo tempo, pela primeira vez como comentarista. Um Mundial no seu país, com a possibilidade de se fazer presente na conquista do hexa no mesmo Maracanã que embalou a sua paixão pelo futebol.

Eraldo entrevista Ronaldinho Gaúcho na Copa de 2006

E se fosse o técnico da seleção brasileira, Eraldo faria as seguintes mudanças:

“Eu trocaria quatro jogadores: Vanderlei, no lugar de Cássio; Arthur, no lugar de Fred; Luan, no lugar de Taison; e Diego no lugar de Fernandinho. Acho que a seleção tem poucos jogadores que atuam no Brasil e muitos que jogam fora e perderam uma certa identificação com o torcedor brasileiro.”

Veículos de comunicação e Coberturas da Copa Mundo:

• 1982 – Espanha = RÁDIO NACIONAL

• 1986 – México = RÁDIO GLOBO

• 1990 – Itália = RÁDIO TUPI

• 1994 – Estados Unidos = RÁDIO NACIONAL

• 1998 – França = RÁDIO GLOBO

• 2002 – Japão e Coreia do Sul = RÁDIO GLOBO

• 2006 – Alemanha = RÁDIO GLOBO

• 2010 – África do Sul = RÁDIO GLOBO

• 2014 – Brasil = RÁDIO GLOBO

• 2018 – Rússia = RÁDIO GLOBO

Com colaboração do Portal Comunique-se