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Comércio entre a expectativa e a realidade para o Dia dos Namorados

CDL prevê aumento, mas comerciantes ainda não sentiram essa melhora

Economia
Por Redação
10 de junho de 2018 - 0h01

Para o comércio, o Dia dos Namorados é a terceira data mais importante do ano — atrás apenas do Natal e Dia das Mães. Isso porque em grande parte dos relacionamentos amorosos, o ato de presentear é percebido como uma demonstração de afeto entre os parceiros. Acontece que, com a economia ainda em baixa, a procura por produtos típicos da data, como roupas, calçados e itens decorativos, não tem animado os comerciantes. Em comparação com o ano passado, por exemplo, a expectativa é tímida: de acordo com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), a previsão é de um aumento de 3% a 5% em alguns segmentos específicos; no entanto, uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que apenas 62% dos brasileiros devem ir às compras neste 12 de junho.
“A esperança é grande, porque não podemos trabalhar com pessimismo, mas a verdade é que até o momento, o movimento anda fraco”, declarou o gerente de uma franquia de vestuário do Centro de Campos, Carlos Theodoro. Ele contou à equipe de reportagem do Jornal Terceira Via que, comumente, a procura cresce na véspera e é essa tendência que mantém o ânimo do comércio. Tanto que a ideia é contratar freelances para ajudar no atendimento nos próximos dois dias. “A economia hoje não permite que efetivemos novos funcionários, mas esperamos que a procura contribua para gerar renda extra àqueles que não estão inseridos no mercado de trabalho”, concluiu.

Copa do Mundo
Faltando uma semana para o primeiro jogo do Brasil e três dias para o Dia dos Namorados, uma boa opção de presente para a pessoa amada, por exemplo, são itens relacionados à Copa do Mundo 2018. Tanto que algumas lojas especializadas em produtos esportivos não estão desconsiderando a data romântica como pretexto para as vendas.
Em uma loja no Centro de Campos que comercializa camisas de times e de confederações, a expectativa não se restringe ao evento futebolístico. É o que disse a comerciária Viviane Sales. Segundo ela, a Copa do Mundo é, de fato, o foco principal das vendas, mas já houve quem comprasse um produto e pedisse para embrulhar para presente. “Assim como em todo o comércio, a clientela não tem sido muito intensa, mas esperamos que a situação melhore ao longo desta semana, tanto por causa do Dia dos Namorados, quanto pela Copa”, afirmou.

CDL Campos
Quanto ao aumento previsto pela CDL Campos, o presidente da entidade, Joilson Barcelos, afirma que os estabelecimentos que comercializam produtos de vestuário, perfumes, cosméticos e joias e para outros setores como os de floriculturas e restaurantes, devem ter um faturamento ao menos equivalente ao do ano passado. Joilson acrescentou que esse mesmo percentual de aumento de vendas em relação ao ano passado é o que está sendo previsto para o Dia dos Pais em agosto, outra data importante do calendário lojista.

Pesquisa
A partir de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais, estima-se que o Dia dos Namorados deve leve 62% dos brasileiros às compras. De modo geral, a pesquisa mostra que a maior parte (36%) dos entrevistados deve gastar a mesma quantia que no ano passado e 17% pretendem diminuir o valor gasto. Em média, o consumidor brasileiro deve desembolsar R$ 166,87 com os presentes do Dia dos Namorados, sendo que esse valor aumenta para R$ 225,18 entre as pessoas das classes A e B.

Entre os compradores que planejam gastar menos do em 2017, o que mais tem pesado é o fato de estarem em uma situação financeira difícil ou com o orçamento apertado, com 31% de citações. A necessidade de economizar também é motivo citado por 26% desses entrevistados. Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados (58%) tem a percepção de que os produtos estão mais caros do que no ano passado. A íntegra da pesquisa está disponível no site SPC Brasil.