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Greve dos caminhoneiros pode suspender serviços em Campos e SFI

Principais problemas são com combustíveis, água e merenda escolar

Região
Por Redação
23 de maio de 2018 - 13h48

Greve caminhoneiros recebe apoio de motoristas de ônibus (Divulgação)

A greve dos caminhoneiros que já dura quatro dias na região começou a afetar os municípios do Norte Fluminense.

A Prefeitura de Campos informou que há um risco iminente de suspensão temporária das aulas em algumas escolas devido a falta de abastecimento de água, que é feito por caminhão-pipa. A secretaria de Educação acompanha ainda o fornecimento de alguns produtos não perecíveis destinados à merenda escolar. “No setor de Transportes, há racionamento e a prioridade é o abastecimento de veículos da área da Saúde, para atendimentos de emergência, até que a situação seja normalizada”, informou.
A Prefeitura de Campos informou também que está promovendo um planejamento para evitar que a população seja afetada, o que depende do tempo de duração da mobilização.
Em São Francisco de Itabapoana, a prefeitura informou sobre a possibilidade de suspensão de alguns serviços. A paralisação da categoria recebeu apoio de motoristas de ônibus de turismo.

De acordo com uma nota divulgada, o estabelecimento comercial que fornece combustível ao município está com o estoque mínimo, podendo acabar a qualquer momento. Ainda de acordo com a nota, os serviços essenciais ligados ao Resgate e às ambulâncias da Secretaria Municipal de Saúde serão priorizados, garantindo o atendimento à população.

Caso a paralisação continue, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura poderá nas próximas horas informar o cancelamento das aulas, bem como a Secretaria Municipal de Transporte, que terá suas atividades normais interferidas, consequência direta da greve.

Além disso, diversas outras secretarias também serão afetadas, como por exemplo, o atendimento no Centro de Convivência da Terceira Idade Nágme Jorge Abílio, da Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Humano.

De acordo com o caminhoneiro Robson Carlos Manhães de Souza, a redução que a Petrobras anunciou na última terça-feira (22), de cinco centavos por litro, é “motivo de risada”. “É uma redução insignificante e que não causa muito impacto no gasto que temos com combustíveis. Nossa reivindicação continua sendo um preço do óleo diesel que nos seja acessível, o que seria em torno de R$ 2,5, além de outros pontos que precisam de melhoria”, disse o caminhoneiro.

Mais apoio à causa dos caminhoneiros (Foto: Divulgação)

No entanto, a Petrobras anunciou nesta quarta-feira (23), pelo segundo dia consecutivo, redução nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. A partir de amanhã (24), o preço da gasolina cairá 0,62% e custará R$ 2,0306 o litro. O preço do diesel terá redução de 1,15% e passará a custar R$ 2,3083, de acordo com a estatal.

Em dois dias, as quedas acumuladas chegam a 2,69% para a gasolina e a 2,67% para o diesel. Apesar disso, a gasolina acumula altas de 12,95%, em maio, e de 16,76% em um mês. O diesel soma aumentos de 9,34%, em maio, e de 15,16% em um mês.

O alto valor do preço do combustível é o principal motivo para a manifestação nacional dos caminhoneiros, que começou no final da noite de domingo (20).

Outras reivindicações — A categoria ainda espera do governo outras concessões: proibição da cobrança do pedágio de eixos suspensos em todas as rodovias do Brasil; combate à corrupção nas balanças e fim da multa de evasão de balança no valor de R$ 5mil.