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Nível da Lagoa de Cima volta a subir e preocupa moradores

População denuncia que problema é causado pelo assoreamento dos canais da Baixada

Campos
Por Redação
19 de abril de 2018 - 15h21

Cheia em Lagoa de Cima (Foto: reprodução)

O nível da Lagoa de Cima, em Campos, voltou a subir esta semana e está deixando moradores preocupados. A água avança para perto das casas e, de acordo com a Defesa Civil, esse avanço é fruto de uma forte chuva registrada na região do Imbé e Rio Preto, no último final de semana. Famílias perderam quase tudo com o transbordamento do Rio Preto. O nível de água dentro das casas chegou a 1 metro.

Segundo a moradora de Lagoa de Cima, Eliana Márcio, a água está demorando a baixar porque os canais da Baixada Campista estão sujos e impedem o curso da água para o mar. Ela já sofreu com o transbordamento da lagoa no dia 12 de março de 2018. Na ocasião, a Rodovia RJ-208 que margeia a lagoa ficou interditada.

O nível exato da Lagoa de Cima, nesta quinta-feira (19), não foi informado pela Defesa Civil. O major Edson Pessanha, que comanda o órgão, disse que nenhum morador entrou em contato com o departamento.

Geograficamente, a água da Lagoa de Cima deságua no Rio Ururaí, que segue para a Lagoa Feia e canais da Baixada Campista que desembocam na praia do Farol de São Thomé.

Cheia em Lagoa de Cima (Foto: reprodução)

Em nota, a Prefeitura de Campos disse que  é preciso aguardar a drenagem natural da água. A Lagoa de Cima deságua no Rio Ururaí, que desemboca na Lagoa Feia passando pelo Canal das Flechas para chegar até a foz. As comportas do Canal das Flechas são monitoradas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e quatro estão abertas desde o mês de março, quando os níveis da Lagoa de Cima e do Rio Ururaí apresentaram elevação. Nesta quinta-feira, o nível do Rio Ururaí é 3,63m e Lagoa Feia, 4,27m.

Com o intuito de contribuir com a limpeza dos canais da Baixada, a superintendência de Agricultura e Pecuária, através de parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), realizou ao longo do ano de 2017 e continua em 2018, com intervenções em importantes canais nas áreas urbana e rural. Entre os trabalhos de manutenção esteve a limpeza no entorno dos pilares da Ponte do Gote, sobre o Canal das Flechas, na localidade de São Martinho, na Baixada Campista. No local, foi realizada a retirada de grande quantidade de vegetação acumulada, para eliminar o risco de desabamento da ponte em caso da chegada de grande volume de água na Lagoa Feia, que alimenta o canal. Para evitar alagamento em propriedades, as comportas foram abertas, pelo Inea, e liberam água da lagoa para o mar, através do canal. Outros trabalhos de manutenção também foram realizados através da parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente como a limpeza dos canais Caxexo, Cipó, Onça, além de trecho do Canal Coqueiros, Rio Novo (no Retiro), Cambaíba, entre outros pontos.

Já o Inea ainda não se pronunciou sobre o que tem feito para evitar esse problema.

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