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Cresce chance de cura do câncer de mama

Segundo mastologista, chances de cura podem chegar a 98% com diagnóstico precoce e tratamento eficiente

Saúde
Por Redação
29 de março de 2018 - 15h27

Média alerta para a importância da mamografia na detecção precoce do câncer de mama (Foto: Silvana Rust)

A informação pode salvar vidas, principalmente quando o assunto é o câncer de mama. Essa doença que assusta muitas mulheres, atualmente, conta com tratamentos avançados. Além disso, a detecção precoce do tumor por meio da mamografia, aumenta as chances de cura. Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O órgão ainda estima a ocorrência de 59.700 novos registros em 2018, no Brasil, colocando a doença em segundo lugar na escala de incidência no país. Por isso, cada mulher tem que fazer o controle de sua saúde. Quando se conhece bem o próprio corpo, ela pode perceber mudanças que não são normais nas mamas e ficar em alerta.

Apesar da evolução e da modernização do tratamento do câncer de mama, muitas mulheres ainda têm medo da descoberta, o que acaba atrasando o diagnóstico. A doença é resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.

Segundo a mastologista Maria Nagime, a mamografia deve ser feita anualmente por mulheres acima dos 40 anos. Antes dessa idade, deve-se analisar o caso. “Nos últimos anos, houve um aumento na procura pela mamografia, pois as pacientes acabaram recebendo mais informação pela mídia. A Sociedade Brasileira de Mastologia, inclusive, ressalta a importância do exame, o que evita a detecção de um tumor já avançado. Porém, ainda existem mulheres que relutam em fazer a mamografia, pela questão da dor ou por medo. Mesmo sendo um procedimento rápido e realizado uma vez ao ano, ela evita justamente por temer uma possível descoberta. Existem pacientes que nunca fizeram esse exame e só procuram o médico quando a doença está em estágio avançado, e ainda tem aquelas mulheres com histórico de câncer de mama na família, que não querem fazer o exame por medo de receber uma resposta positiva. A ideia é diagnosticar o tumor em suas fases iniciais, exatamente porque assim existem muitas formas de tratamento, além do prolongamento da vida”, frisa.

A especialista ainda esclarece que atualmente com o avanço da medicina, a mortalidade desse tipo de câncer já foi muito reduzida. Além disso, o que vai ditar o grau do tratamento e a sobrevida da paciente será o tipo do tumor, que pode ser ameno ou mais agressivo. Em tumores menores do que 1 cm, as chances de cura chegam a 98%.

O câncer de mama tem alguns sinais que podem ser observados pelas mulheres, como a saída de líquido pelo bico do seio, alterações na pele, assimetria, aumento ou diminuição de tamanho. De acordo com Maria Nagime, a dor está muito pouco associada à doença, mas existem algumas alterações na mama que não se tratam de um câncer, por exemplo, mas que também doem e precisam de tratamento, logo uma avaliação clínica é fundamental. “O especialista vai solicitar a mamografia e em caso de alteração no exame, a paciente será encaminhada a um oncologista. É importante lembrar que também existem casos de câncer em pacientes mais jovens e não somente em mulheres mais velhas. Já a retirada da mama vai depender do tamanho do tumor, da mama e da extensão da doença, que é o que prevalece. Atualmente, a conservação da mama é a opção mais pensada pelos médicos, mas existem casos em que é preciso fazer a retirada. Depois desse processo ou da cura daquela paciente, ela será acompanhada pelo mastologista pelo o resto da vida, porque o câncer pode surgir em outros locais. Quem tem teve o tumor em uma mama, tem mais chance de ter na outra. O diagnóstico precoce é a única arma que pode melhorar a qualidade de tratamento. Em caso de dúvidas, deve-se procurar atendimento”, explica.

Prevenção

Não existe uma fórmula que garante que uma mulher não irá ter câncer de mama, devido à multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento dessa doença. Porém, acredita-se que uma alimentação saudável, a prática de atividades físicas e o controle do peso corporal podem reduzir em até 28% o risco de uma paciente desenvolver o tumor, segundo o Inca. Deve-se evitar ainda a ingestão de bebidas alcoólicas. Mulheres que já amamentaram aumentam as suas chances de proteção.