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Blog dos Jornalistas: TRE-RJ comunica 76ª ZE sobre afastamento de Ozeias

Suplente Geraldinho de Santa Cruz assume, mais uma vez, a cadeira do vereador, mas pode sair em breve

Blog dos Jornalistas
Por Blog dos Jornalistas
21 de março de 2018 - 10h59

ozeias-e-geraldinho-santa-cruzE haverá mais mudanças na composição da Câmara de Vereadores de Campos. Dessa vez, quem sai é Ozeias (PSDB). O vereador esgotou seus recursos em segunda instância e teve o afastamento das funções determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A 76ª Zona Eleitoral foi notificada da decisão nesta terça-feira e deverá comunica-la à Casa de Leis nos próximos dias.

Com isso, Ozeias se junta aos já afastados Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB), Linda Mara (PTC), Miguelito (PSL), Thiago Virgílio (PTC) e Vinícius Madureira (PRP). Com os mandatos cassados, os votos anulados e inelegíveis por oito anos, eles poderão apelar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas terA?o que aguardar o resultado do recurso longe dos cargos.

O suplente Geraldinho de Santa Cruz assume, mais uma vez, a cadeira de Ozeias. Porém, a medida não significa que a Câmara está mais perto de deixar para trás os dias de instabilidade. A Casa de Leis possui 25 cadeiras e teve 36 vereadores desde o dia 1º de janeiro de 2017. Isso porque, como Carlos Alberto do Canaã (PTC),  último suplente convocado, Santa Cruz também participou do esquema, de acordo com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP). Com embargos de declaração negados pelo TRE-RJ, ele também pode ser afastado a qualquer momento.

Além deles, outros 26 integrantes do grupo político da ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR) participaram do esquema, incluindo quatro cinco vereadores eleitos em 2016: Cecília Ribeiro Gomes (PT do B) que perdeu sua vaga para Marcos Bacellar (PDT) por decisão da Justiça, Kellinho (PR), Roberto Pinto (PTC) e Thiago Ferrugem (PR).

Prisões

Estopim da investigação que resultaria nas Operações Vale-Voto, Chequinho e Chequinho 2, que evisceraram um esquema de troca de votos por inscrições fraudulentas no programa social Cheque Cidadão, durante as eleições municipais de 2016, Ozeias foi detido no dia 29 de agosto de 2016.

Ele foi flagrado por fiscais do TRE-RJ em uma casa no distrito Travessão com uma mochila contendo R$ 27 mil reais em espéie e duas agendas com registros de necessidades de eleitores, que iam de cestas básicas a pagamento de INSS, passando por botijão de gás, material de construção e até bolo de casamento. Os pedidos eram marcados como “atendido” ou “entregue”. Ele foi liberado no mesmo dia, após pagamento de fiança.

No dia 19 de outubro, Ozeias voltou a ser preso temporariamente na Operação Chequinho. Ele teve sua prisão prorrogadas e, depois, convertida em preventiva, permanecendo no Presídio Masculino Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos, até obter liminar no TSE, dez dias depois.