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Rafael Diniz mexe no tabuleiro

Prefeito começa a mudar algumas peças do jogo dando largada à reforma administrativa adiantada pelo Jornal Terceira Via

Geral
Por Redação
22 de janeiro de 2018 - 0h01

prefeito-rafael-diniz-entrevista-a-tv-terceira-via-carlos-grevi-22-12-28Na capa da edição de número 48, publicada no dia 20 de agosto do ano passado, O Jornal Terceira Via cravou: “Rafael começa a desenhar reforma administrativa”. Talvez, àquela altura, a manchete parecesse precipitada. Afinal, havia apenas oito meses que o primeiro escalão de Diniz havia sido nomeado. Mas, naquele momento, a lua de mel do prefeito com a opinião pública já havia acabado e a demora para engrenar uma recuperação da economia e de colocar de pé a saúde do município já gerava desgaste ao Governo. A Prefeitura negou de pronto a informação, mas o tempo mostrou não apenas que a saída de Victor Aquino da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico era decisão velha, como outras estavam a caminho. Nos primeiros dias deste mês de janeiro, uma série de mudanças foi anunciada.

Nesta quinta-feira (18), o até então secretário de Transparência e Controle — e porta-voz extraoficial do Governo — Felipe Quintanilha foi anunciado como novo responsável pela pasta deixada vaga por Aquino e assumida interinamente pelo subsecretário Mario Sérgio Cardoso. Para suprir a vacância em sua secretaria de origem, foi convocada Marcilene Daflon, agora ex-subsecretária municipal de Fazenda. Outra mudança aconteceu um dia antes. Wylliam Carvalho Pacheco Bolckau deixou o comando da Guarda Civil Municipal (GCM) de Campos. Para o posto foi escolhido Fabiano de Araújo Mariano. O ex-superintendente de Postura é guarda municipal com quase duas décadas de experiência e já comandou a corporação na Baixada Campista por cinco anos. O nome que o sucederá na superintendência, porém, ainda não foi anunciado.

No dia 11, o Diário Oficial do Município trouxe a portaria número 0049/2018, que torna sem efeito a nomeação de José Amaro Almeida para a presidência da Empresa Municipal de Habitação (Emahb). O substituto é o fiscal de renda Fábio de Azevedo Almeida, que já havia ocupado o cargo durante os seis primeiros meses do Governo Rafael Diniz.

Já Jorgeamado de Almeida Santos, exonerado da direção do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) no dia 28 de dezembro, será substituído por Marcelo Rodrigues Sales, conforme a portaria número 082/2018, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira. Como Santos, Sales é médico veterinário e membro da equipe técnica do Serviço de Inspeção Municipal (SIM).

SOLUÇÕES CASEIRAS

Como é possível notar, a maioria das soluções encontradas é caseira. Os substitutos são, em sua maior parte, titulares de outros órgãos do Município, movidos para suprir as exonerações dos antigos titulares.

Mas, se a ideia de Rafael Diniz é começar a construir uma narrativa de superação da crise econômica — que sacrificou programas sociais, como o Cheque Cidadão, a Passagem a R$ 1 e o Restaurante Popular, e começa a pesar diretamente no bolso do contribuinte, este ano, com a revisão da Planta Genérica do Município, o polêmico aumento da Contribuição da Taxa de Iluminação Pública e o igualmente criticado reajusta da tarifa de água e esgoto —, é necessário imprimir às secretarias e superintendências condução que mostre diferença de postura em relação ao primeiro ano do Governo.

A troca de nomes do primeiro escalão, embora sinalize renovação, precisa redundar em políticas de fato novas, para marcar o fim de um primeiro ano marcado forte polarização entre críticos e defensores do prefeito.

TROCA-TROCA DEVE CONTINUAR

Até o momento, o prefeito fez quatro alterações foram em seu secretariado. Mas, diante do gargalo representado por situações críticas no Município — como a precariedade da Saúde, a instabilidade do Transporte Público, o estado de abandono da cidade, tomada pelo mato e pelo lixo, e a carência de estrutura, como Iluminação Pública —, é plausível assumir que mudanças devem continuar, seja em secretarias, seja em superintendências ou empresas públicas.

São situações que geram desgaste ao Governo, com denúncias e protestos dia sim, dia também, e que representam, em sua maioria, problemas crônicos da administração municipal.