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Peritos afirmam que imagens de suposta agressão à Garotinho foram editadas

A Seap sustentava que as imagens das câmeras de segurança não demonstram a suposta agressão

Geral
Por Redação
19 de janeiro de 2018 - 14h59
(Foto: Reprodução TV Globo)

(Foto: Reprodução TV Globo)

A Folha de São Paulo divulgou na tarde desta sexta-feira (19), que as imagens do circuito interno da cadeia pública José Frederico Marques, em que mostrava o momento da suposta agressão ao ex-governador Anthony Garotinho foram editadas.

Segundo a análise de peritos da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia (Dedit) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), as imagens apresentadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) mostram várias fragilidades.

As imagens divulgadas pela Seap, mostram o corredor da galeria B vazio e sem nenhuma movimentação atípica. Já nas outras imagens, é possível ver que Garotinho bate palmas com o intuito de chamar a atenção dos agentes penitenciários.

Além desta diferença, peritos afiram que as imagens da Seap mostram interrupções atípicas, imagem congelada e evidência de interferência humana na captação dos vídeos.

Agressão

Garotinho alegou que, na madrugada do dia 24 de novembro, por volta de 01h30, um homem entrou em sua cela e lhe agrediu com uma paulada no joelho e um pisão no pé, que deixou hematomas, constatados no exame do Instituto Médico Legal (IML). De acordo com Garotinho, o homem que invadiu sua cela teria afirmado: “Você gosta muito de falar, não é?”.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) sustentava que as imagens das câmeras de segurança não demonstram a suposta agressão e, por isso, decidiu punir Garotinho por falsa comunicação de crime e o enviou para o Complexo Penitenciário de Bangu.

retrato-faladoRetrato falado

No último dia 04, o ex-governador Anthony Garotinho esteve na Cidade da Polícia para concluir o retrato falado do homem que ele afirma que o agrediu na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. A elaboração do retrato falado foi interrompida no fim de novembro, devido a um problema no sistema do computador.

“O retrato estava pronto, praticamente. Estávamos em Bangu e faltava apenas colocar o nariz quando o sistema deu pane, e estamos há mais de 30 dias querendo completar o nariz”, disse Garotinho, antes de ser encaminhado para a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) para finalizar o retrato.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo