Outra baixa foi a de Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), que perdeu sua cadeira para Marcos Bacellar (PDT), após retotalização dos votos determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como resultado, 36 pessoas passaram pelas 25 cadeiras da Casa. Em meio ao entra e sai, a Câmara conseguiu manter uma rotina de trabalho consistente, especialmente os 15 vereadores não implicados na Operação Chequinho, da Polícia Federal (PF). E é o resultado deste trabalho que a equipe de reportagem O Jornal Terceira Via foi buscar diretamente nos gabinetes.
Isso corresponde a 24% do total de 25 vereadores e 46% dos 13 visitados pessoalmente. Dos seis que responderam às perguntas enviadas por O Jornal Terceira Via, todos (100%) cumprem seus primeiros mandatos. Cinco (83%) integram a bancada governista e um (17%), a oposicionista. O único membro da oposição a responder às questões é um dos denunciados por compra de votos investigada nas Operações Vale Voto, Chequinho e Chequinho 2, da Polícia Federal (PF).
Entre projetos de lei e de indicações legislativas, Marcelo Perfil foi aquele que mais levou propostas à Casa de Leis. Jorginho Virgílio e Cláudio Andrade empatam como aqueles com maior índice de aprovação geral: somando-se projetos de leis e indicações legislativas, ambos aprovaram seis propostas durante o ano de 2017.
Foram propostos por todos os vereadores que responderam a O Jornal Terceira Via um total de 41 projetos de lei e 13 indicações legislativas. Destes, foram aprovadas, respectivamente, 15 (37%) e 6 (46%) sugestões. A bancada governista foi responsável por 33 (80%) propostas de projetos de lei e 11 (85%) indicações legislativas. A bancada oposicionista propôs 8 (20%) projetos de lei e 2 (15%) indicações legislativas.
Por outro lado, a adesão de marinheiros de primeira viagem permite imaginar que sangue novo traz visões novas, independentemente de bancada. Informar é prestar as devidas contas ao eleitor, do qual provém o poder constitucionalmente exercido no plenário. E uma chance de aproximar o gabinete das ruas. Se não pela desejável intenção de servir a quem depositou voto de confiança na urna, pelo menos por marketing de oportunidade.
Dados oficiais
De acordo com nota oficial publicada no site da Câmara, a Casa tratou, em 2017, “mais de 2.330 matérias”, em seis sessões solenes e 93 sessões ordinárias, com 16 audiências públicas. De acordo com o texto, “o plenário aprovou o total de 32 Indicações Legislativas, 806 processos de Requerimentos e 2.152 Indicações Simples”. Os vereadores também “discutiram e aprovaram matérias enviadas pelo Executivo, como o Plano Plurianual 2018-2021 (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual”. O volume é qualificado como “expressivo saldo de trabalhos parlamentares”.
Sem estes dados, é impossível para a população acompanhar os vereadores que elegeram e saber se o voto está sendo honrado ou não. Ainda há três anos de mandato pela frente, mas o fim do primeiro ano de legislatura é simbólico na medida em que funciona como um extrato da postura e dos valores de cada um dos eleitos, e, em seu somatório, da própria Casa.