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Editorial do Balbi: o segundo verão

O atual governo, mesmo que tivesse com as contas em dia, não deveria seguir o exemplo do passado, pois nem tudo é show

Campos
Por Coluna do Balbi
7 de janeiro de 2018 - 0h01

 

prai-de-farol-barcos-e-passaros-silvana-rust-33O batismo de fogo de Rafael Diniz como prefeito de Campos foi o sol, o verão. Sem ter noção do que iria encontrar pela frente, o prefeito que não contou com uma transição no mínimo regular, nem pensou em programação de verão na praia do Farol de São Thomé, acostumada a agitos e ouriços caros, bancados pelo poder público municipal.

No mesmo período o prefeito sem dinheiro e com coragem decidiu não realizar o Carnaval oficial, e o sambódromo em Campos mostrou sua cor branca de elefante. Agora, no seu segundo verão a administração Rafael Diniz apresenta uma programação que prestigia  artistas locais, e dispensa os cachês milionários de outros tempos.

Pois para a maioria da população ele age corretamente. Pode ser que um grupo que gosta de correr atrás de trios elétricos e ouvir músicas baianas de trilhas de novelas ao vivo não esteja nada satisfeito. Fato é, que esse caminho não só é necessário com também interessante dentro da realidade atual do país.

Dizer que a cidade do Rio de Janeiro está quebrada e mesmo assim a passagem de ano consumiu milhões em fogos e infraestrutura é um argumento infantil. O evento tradicional de Copacabana se auto-sustentou e reuniu desta vez 2,4 milhões de pessoas, um recorde.

A praia do Farol nunca fez uma grande queima de fogos na passagem de ano, mas já torrou dinheiro suficiente nos tempos das vacas gordas para que a lição seja assimilada. O atual governo, mesmo que tivesse com as contas em dia, não deveria seguir o exemplo do passado, pois nem tudo é show.

Ao invés de trazer artistas da Rede Globo para jogar futebol na beira-mar pagando uma fortuna, a Fundação de Esportes esse ano decidiu fazer no Farol um campeonato de times do município. Esse é o caminho certo.

A população de Campos tem muito mais a cobrar do governo Rafael Diniz do que um verão de programação milionária ou um Carnaval fictício. Antes disso tudo estão perfiladas prioridades como a Saúde e a Educação. É preciso que principalmente, os veranistas do Farol compreendam isso de forma clara.