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Onde estão as luzes de Natal? Falta de decoração causa decepção na população

A poucos dias do Natal, a cidade está longe de parecer atrativa para exaltar a data que o comércio mais espera vender apesar da crise

Campos
Por Redação
20 de dezembro de 2017 - 15h11
Praça São Salvador (Foto: Silvana Rust)

Praça São Salvador (Foto: Silvana Rust)

O Natal ainda não chegou ao município de Campos. O mês de dezembro já teve início e ao andar pelas ruas do Centro da cidade, poucas decorações da época mais esperada do ano podem ser encontradas, principalmente nos tradicionais locais como a Praça do Santíssimo Salvador, o Trevo do Índio, a Ponte João Barcelos Martins e o Teatro Municipal Trianon. Em anos anteriores, no final do mês de novembro já era possível ver luzes, e até mesmo o início do preparo da decoração natalina, como o presépio na Praça São Salvador, os camelos com os Reis Magos, na entrada da cidade, no Trevo do Índio, além da colorida iluminação em toda a extensão da Ponte João Barcelos Martins, que era possível ver de longe.

A situação que tem causado estranhamento na população parece ter um caminho ainda incerto. Segundo a dona de casa, Helena Gomes, a decoração natalina pela cidade traz encantamento para os que passam pela área central. “Percebi que o Centro não está enfeitado e achei estranho. Nos outros anos, a Praça já estava com alguma decoração, mas este ano parece que o natal em Campos vai ser bem desanimado. Acho que a população vive momentos tão difíceis que merecia ter algo bonito para olhar e apreciar”, disse a dona de casa decepcionada.

O Jornal Terceira Via entrou em contato com a Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Campos que por meio de nota deu uma resposta desanimadora. “A Prefeitura de Campos vem buscando parcerias para a decoração natalina com a iniciativa privada. A programação está sendo definida”.

Estamos nos último mês do ano de 2017 e a expectativa para o fim do ano está presente em todos os segmentos. Na esfera escolar, por exemplo, os estudantes já finalizam suas atividades e se mostram ansiosos para as tão esperadas férias. “Foi um ano bom na escola, mas não vejo a hora de descansar e poder fazer tudo o que gosto, sem hora para cumprir minhas tarefas. Minha maior ansiedade é para chegar à praia e me divertir muito”, disse uma estudante do 7º ano do Ensino Fundamental.

Se o fim de ano é de expectativa para os estudantes, para o comércio o fim de ano também pode trazer resultados positivos para o lucro comercial. Segundo o gerente executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos, Nilton Miranda, a expectativa para este ano é de um crescimento de oito a 10% nas vendas para o Natal.

“Estamos com uma expectativa muito boa, já que é uma época em que todos os segmentos têm vantagem, diferente do Dia das Mães ou do Dia dos Pais”, disse o gerente.

Como todo ano, a maioria dos consumidores inicia suas compras na semana do Natal ou até mesmo na véspera da festa, o que causa ruas lotadas e trânsito engarrafado. Parece que este cenário irá se repetir este ano, já que segundo Miranda, as compras dos presentes ainda estão tímidas. “Acredito que as pessoas começarão a fazer as compras a partir desta semana, depois que tiverem recebido 13º salário’, ressaltou Miranda. Este ano a véspera de Natal, dia 24, o comércio funcionará normalmente, porém cada funcionário terá que cumprir seis horas de trabalho, o que significa que lojas que funcionarão durante todo o dia, terá que dividir a equipe em turnos.

Uso do 13º nas compras de presentes

Segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), cinco em cada dez brasileiros que vão comprar presentes no Natal pretendem utilizar o 13º nas compras, sendo que 45% pretendem utilizar apenas uma parte e 4% todo o valor. Há ainda 12% que não pretendem gastar o 13º salário com presentes de Natal. Considerando aqueles que não utilizarão todo o valor do benefício com as compras, 26% têm a intenção de poupá-lo, 25% planejam utilizá-lo para quitar dívidas e organizar a vida financeira e 11% para pagar os impostos de início de ano.

A pesquisa do SPC Brasil também mostra que 41% dos entrevistados pretendem fazer bicos ou outras atividades para a geração de renda extra com o objetivo de comprar mais presentes ou presentes melhores, principalmente quem tem entre 18 e 49 anos e as pessoas das classes C, D e E (45%). Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, mesmo quem está com as despesas em dia precisa refletir sobre o melhor uso deste dinheiro extra. “Poupar e aplicar parte dos recursos são hábitos que fazem muita diferença, seja para realizar sonhos ou para uma aposentadoria mais confortável. Quem ainda assim decidir que o melhor é comprar presentes deve tomar algumas precauções, como optar pelo pagamento à vista, pesquisar preços e evitar ao máximo o endividamento.”