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Editorial: Rodoviária Roberto da Silveira, a Torre de Babel campista

Sua homônima, a rodoviária de Niterói, que já foi capital do antigo Estado do Rio de Janeiro tem um movimento muito inferior

Opinião
Por Coluna do Balbi
10 de dezembro de 2017 - 0h01

A Rodoviária Roberto da Silveira, que passou ponto de chegada e de partida interdistrital, além de intermunicipal,
é realmente o que pode se chamar de Torre de Babel, não por línguas que falam diferentes, mas por diferentes coisas que as línguas falam. É o terminal mais movimentado do interior do estado. Sua homônima, a rodoviária de Niterói, que já foi capital do antigo Estado do Rio de Janeiro tem um movimento muito inferior. Na Roberto da Silveira
daqui é possível perceber o tamanho de Campos e o jeito de falar de cada um dos habitantes de seus Distritos.
São lugares com nomes como Mundeus, que seria a semântica de Mundo de Deus, entre muitos outros.
Essa gente chega e parte todos os dias, vindo ao trabalho, para a escola, médicos, compras ou em busca
de oportunidades na que para eles é a cidade grande. Neste, espaço pastores também falam da Deus e de
fé, profetas falam do futuro, poetas declamam versos e em tempo de política virá um verdadeiro palanque
de comícios. Também é vitrine de protesto sobre alguma insatisfação popular. Bem semelhante com o
que ocorre na Central do Brasil, na avenida Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, de onde partem os trens
para os subúrbios cariocas. Em suma, na Roberto da Silveira, acontece de tudo um pouco. Existem pessoas que por lá se conheceram e casaram. Outras foram vítimas de furtos. Pais passaram sustos ao perderem de vista filhos entre
muitas outras histórias.Bem que merecia um estudo maior em uma visão antropológica porque tudo isso é uma rara características.