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Demissões na Estácio de Sá para enquadramento na nova lei trabalhista chegam a Campos

Na noite desta sexta-feira, alunos de enfermagem farão uma manifestação em frente a universidade

Campos
Por Redação
8 de dezembro de 2017 - 16h30
Faculdade Estácio de Sá, em Campos (Foto: Reprodução)

Faculdade Estácio de Sá, em Campos (Foto: Reprodução)

Não é mais novidade que o país está passando por uma crise financeira. As dificuldades que atingem, por exemplo, universidades públicas agora também chegaram as particulares, como a Faculdade Estácio que desde a última quarta-feira (07) anunciou demissões de professores.

A universidade que antes disponibilizava 10 mil professores em todo o país, já demitiu 1.200 funcionários. Em Campos, somente no curso de Direito, quatro professores foram demitidos na quarta-feira, enquanto em todo Estado 400 professores foram demitidos. Segundo fontes do Jornal Terceira Via, o número de demitidos no município de Campos pode chegar a 15 em diversos cursos.

Segundo um dos professores da universidade que terá o nome preservado, a decisão de demissões veio da sede, localizada no Rio de Janeiro. “Essa medida de demissão surgiu para readequação da estrutura da empresa e também pela nova legislação da lei trabalhista. No curso em que leciono, os profissionais demitidos foram os que tinham mais tempo de casa, já que quando fomos contratados nosso custo de hora/aula era mais caro, em comparação aos professores que foram contratados depois. É uma situação muito complicada, porque a empresa está no direito dela e quer ter lucro, mas acredito que essa atitude não trará boas conseqüências, já que muitos alunos pensam em sair da universidade”, disse o professor que completaria 18 anos de profissão na Estácio.

Na noite desta sexta-feira (08), alunos do curso de Enfermagem irão realizar uma manifestação às 18h, em frente à Universidade, localizada na Avenida 28 de Março. Segunda uma das alunas que está cursando o 8º período, o objetivo é demonstrar a insatisfação com as demissões dos professores.

“Ficamos sabendo das demissões muito de repente e no meu caso, meu orientador de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi demitido e não sabemos o que vamos fazer”, contou a aluna que junto a outros colegas levará na próxima segunda-feira um documento ao Fórum de Campos. No curso de Enfermagem quatro pessoas foram demitidas.

Ainda de acordo com o profissional, o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Regiões (Sinpro-Rio) já estão tomando as devidas providências, como a garantia de que os professores demitidos recebam seus direitos trabalhistas.

A Estácio afirmou que todas as diretivas para os professores remanescentes estão mantidas. E não há plano se terceirização de professores. Além disso, a universidade vai lançar no início de 2018 um Plano de Carreira para Docentes. A universidade afirma ainda que os professores desligados terão a sua disposição um plano de recolocação no mercado.

Na noite de quinta-feira (07), a Justiça do Trabalho do Rio suspendeu as demissões os professores que atuam nos municípios do Rio, Piracambi, Itaguaí e Seropédica. Em nota, a Estácio disse que vai recorrer da decisão da Justiça do Trabalho do Rio que concede liminar em favor do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região. “A instituição acredita no Judiciário e reforça que suas medidas foram tomadas com total amparo da lei. A Estácio afirma ainda que desconhece qualquer legislação que a obrigue apresentar a relação dos profissionais desligados”, destaca o Faculdade.

*Mais informações em instantes