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Rosinha deixa prisão no Rio e será monitorada por tornozeleira

Ex-governadora saiu da Cadeia Pública de Benfica à 0h21 e 20 minutos depois estava em sua casa

Estado do RJ
Por Redação
30 de novembro de 2017 - 8h18
Fotos: (Paulo Nicolella/Agência O Globo)

Fotos: (Paulo Nicolella/Agência O Globo)

A ex-governadora do Rio de Janeiro Rosinha Garotinho deixou a prisão no início da madrugada desta quinta-feira (30).

Rosinha deixou a Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte, à 0h21. Ela saiu do complexo com um ventilador de chão, estava acompanhada de seu advogado, Carlos Azeredo, e encontrou a filha Clarissa.

Rosinha chegou à sua casa, no Flamengo, na Zona Sul, por volta de 0h40.

A ex-governadora vai ser monitorada por uma tornozeleira eletrônica e está proibida de deixar o Rio.

Segundo a decisão dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), que concederam o habeas corpus na quarta-feira (29), Rosinha terá que ficar em casa à noite.

A mesma sessão que concedeu o benefício a Rosinha negou, por cinco votos a zero, o pedido de cancelamento da prisão preventiva de Anthony Garotinho, marido de Rosinha e também ex-governador do RJ, atualmente preso em Bangu. A defesa diz que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

(Fotos: Paulo Nicolella/Agência O Globo)

(Fotos: Paulo Nicolella/Agência O Globo)

A denúncia — De acordo com a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), o grupo econômico J&F fez uma doação ilegal de R$ 3 milhões, simulando um contrato com uma empresa indicada por Garotinho para financiar sua campanha ao governo do estado em 2014 – valores não declarados em sua prestação de contas.

Segundo a colaboração de um dos envolvidos no esquema, a organização criminosa liderada pelo ex-governador intimidava e extorquia empresários exigindo quantias expressivas em dinheiro das empresas contratadas pelo município de Campos dos Goytacazes, com aval de sua esposa Rosinha, que à época era prefeita da cidade. Garotinho ameaçava os empresários de atrasar a liberação de pagamentos.

Para a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), os atos praticados pelo ex-governador são graves e exigem a prisão preventiva de Garotinho para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. “O denunciado, como líder da organização, apresenta risco de interferir na instrução criminal em curso, como coação de testemunhas”, argumenta o procurador regional eleitoral Sidney Madruga.

No caso de Rosinha, a PRE entende que sua conduta foi consentir os crimes praticados por Garotinho.
A ex-governadora e o marido foram presos há uma semana acusados de crimes eleitorais, corrupção e organização criminosa. O casal nega as acusações.

Fonte: G1