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Amaerj divulga nota de apoio ao juiz Glaucenir, atacado por Garotinho

Magistrado foi acusado de perseguição pelo ex-secretário de Governo, preso nesta quarta-feira

Campos
Por Marcos Curvello
23 de novembro de 2017 - 9h59
(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) divulgou nota de apoio ao juiz eleitoral Glaucenir de Oliveira. O magistrado foi acusado de perseguição pelo ex-secretário de Governo de Campos, Anthony Garotinho, preso preventivamente durante a Operação Caixa D’Água, da Polícia Federal (PF). Durante a ação, foram cumpridos nove mandados de prisão e dez de busca e apreensão expedidos pelo magistrado.

Em nota, Garotinho afirmou se tratar de “mais um capítulo da perseguição que vem sofrendo desde que denunciou o esquema do governo Cabral na Assembleia Legislativa e as irregularidades praticadas pelo desembargador Luiz Zveiter”.  Para a Amaerj, contudo, a atuação de Glaucenir foi pautada pela “independência funcional em cumprimento da lei”.

Além de Garotinho, foram presos durante a operação a ex-prefeita de Campos, Rosinha, o ex-secretário de Controle Orçamentário e Auditoria, Suledil Bernadino, o ex-subsecretário de Governo e suplente de vereador Thiago Godoy (PR) e o policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro da Silva, conhecido como Ribeiro e Toninho.

Garotinho foi preso em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, enquanto Rosinha foi detida na residência do casal na Lapa, em Campos. Eles são acusados da prática dos crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais.

Garotinho foi encaminhado à sede da PF na Praça Mauá, Zona Portuária do Rio, passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), no Centro, e foi levado para o quartel do Corpo de Bombeiros no bairro Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro. De lá, foi transferido para a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.

Já Rosinha foi conduzida à delegacia da PF em Campos e encaminhada ao presídio feminino Nilza da Silva Santos, no município, onde também foi submetida a exame de corpo de delito. Como Garotinho, ela foi levada para Benfica.

Confira abaixo a íntegra a nota da Amaerj:

“A Amaerj manifesta apoio ao juiz eleitoral de Campos dos Goytacazes, atacado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, em nota pública nesta quarta-feira (22), após ter decretado a prisão do político e de sua mulher, Rosinha Garotinho.

Ao longo de processo judicial por crime eleitoral, inúmeras vezes o ex-governador fez acusações sem provas contra membros do Judiciário fluminense.

Nesta quarta-feira, o ex-governador volta a atacar magistrados do Rio. Mistura fatos e personagens sem nenhuma relação, com o objetivo de confundir o público, vitimizar-se e desviar o foco do processo judicial, que resultou em sua nova prisão.

A custódia de presos é de responsabilidade da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), do Governo do Estado, não do Judiciário.

Os juízes atuam com independência funcional em cumprimento da lei. A magistratura continuará dedicada ao trabalho sério e de alta qualidade, que fortalece o Poder Judiciário, pilar do Estado Democrático de Direito”.