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Editorial: O dinheiro do Fundecam

O Fundecam, em gestões anteriores, financiou projetos estranhos, como uma fábrica de macarrão na Baixada Campista e outra de fralda

Opinião
Por Coluna do Balbi
29 de outubro de 2017 - 0h01

O Fundo do Desenvolvimento de Campos (Fundecam) foi criado para ser um importante fomentar à economia local, com incentivos a partir dos royalties do petróleo, seduzindo empresas para se instalarem aqui.

Uma ferramenta importante para o desenvolvimento de Campos. O fundo administrado pela prefeitura emprestaria dinheiro para essas empresas, com juros abaixo do mercado. Em contrapartida, elas gerariam empregos e receitas na forma de impostos.

A ideia mereceu elogios de todos, afinal, com as parcelas sendo pagas pelas empresas que se beneficiaram do fundo, outras poderiam ser financiadas. O fundo então iria, aos poucos, engordando sua receita, enquanto a cidade ganharia mais empregos e os cofres públicos mais impostos.

Isso na teoria, porque na prática aconteceu, em muitos casos, justamente o contrário. O Fundecam, em gestões anteriores, financiou projetos estranhos, como uma fábrica de macarrão na Baixada Campista e outra de fralda. Foram projetos grandes. As empresas fecharam, os empregos acabaram e os impostos não vão chegar.

Não se pode dizer que isso tudo foi fruto da crise financeira. Assim como não se pode afirmar que o Fundecam deixou de ser uma ferramenta importante. Fato que está faltando “graxa”, ou seja, dinheiro nesta ferramenta e ela está emperrada.

A prefeitura acerta quando decide cobrar na Justiça, com juros e correção, o dinheiro emprestado a essas empresas que deram pinote. É uma espécie de repatriamento de um dinheiro que hoje faz muita falta e a falta dele inviabiliza o fundo.