×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Mulher de 31 anos é vítima de crime cibernético em Campos

Bandido criou página 'fake' nas redes sociais e email falso após uma foto dela de lingerie vazar na internet

Campos
Por Redação
27 de outubro de 2017 - 18h11
Página 'fake' no facebook (Foto: reprodução)

Página ‘fake’ no facebook (Foto: reprodução)

Uma comerciária de Campos está vivendo um terror depois que foi vítima de crime cibernético. Allyne Marcelino Crespo, de 31 anos, viu a vida dela virar pelo avesso a partir de janeiro de 2017. Emprego, namoro, família e saúde são áreas em que ela acredita estarem mais prejudicadas com o episódio.
Tudo começou quando uma fotografia dela usando lingerie que ela fez pelo celular vazou e foi parar em mãos erradas. A partir daí, um criminoso criou um falso email e uma página “fake” nas redes sociais, que apontava Allyne como garota de programa.
“Comecei recebendo ligações de pessoas conhecidas me avisando sobre a página que denegria minha imagem. Depois recebia ligações de pessoas que queriam se relacionar comigo, com base na falsa página. Perdi meu namorado e tive que trocar o número do meu celular”, desabafou Allyne.
A vítima conta que chegou a se mudar para o Rio de Janeiro para tentar esquecer o assunto. Segundo Allyne, o perfil fake foi deletado depois de alguns meses e ela chegou a pensar que teve o celular hackeado.

Email falso criado e enviado para empresários e família da vítima (Foto: reprodução)

Email falso criado e enviado para empresários e família da vítima (Foto: reprodução)

Após receber uma proposta de emprego em março deste ano, Allyne voltou para Campos e começou a trabalhar como atendente em um restaurante na avenida Pelinca. Antes disso, ela trabalho em uma empresa de publicidade. Foi quando ela descobriu que criaram um email falso com os dados pessoais dela, em que se passava por uma garota de programa.
“Este email foi disparado para várias empresas e lojas de Campos e também para a minha família. Tudo para denegrir a minha imagem e eu não conseguir emprego em nenhum lugar. Acabei demitida de três empregos. Este do restaurante e outros em uma ótica e na empresa de publicidade. Os meus três patrões receberam esse email e disseram não poder continuar comigo na empresa. As pessoas precisam entender que fui vítima de um crime”, contou.
Allyne registrou a ocorrência dos crimes na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro e na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), em Campos. “Estou em depressão. Não durmo há mais de 30 horas e não consigo fazer nada mais na minha vida. Tudo o que preciso é que a justiça seja feita e a pessoa que provocou tudo isso pague pelos crimes que cometeu contra mim”, desabafou.
O Jornal Terceira Via entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, no Rio de Janeiro, e aguarda o posicionamento do órgão acerca do andamento das investigações.