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Entrevista com Edilbert Pellegrini: Aula de gestão e de medicina

Médico com extrema vocação para o magistério, o professor Pellegrini chega ao posto de diretor da faculdade

Geral
Por Redação
23 de outubro de 2017 - 0h01

diretorDesembarcou em Campos como médico em 1988 com uma extrema vocação para lecionar medicina. Ingressou no quadro de docentes da Faculdade de Medicina de Campos e ao longo deste período centenas de médicos foram formados por ele. O destino o levou a condição de diretor da faculdade onde um dia era professor. E o mesmo destino fez com que isso acontecesse exatamente no ano em que a Faculdade de Medicina de Campos, uma das mais respeitadas do país completasse seus 50 anos, em um mês onde é comemorado o Dia do Médico e o dia do Professor, duas profissões que definem bem o diretor.

1- Pesa a responsabilidade de dirigir a escola de medicina onde escolheu para lecionar e tão bem conceituada em todo o país? (obs.: me formei na UFF)

É fato que se trata de uma grande responsabilidade, particularmente por ter em 1988 vindo residir em Campos motivado pelo desejo de ser professor. A função de Diretor proporciona uma dimensão de profundo envolvimento com a FMC. Literalmente você vive a faculdade todas as horas do seu dia. No entanto, para desempenharmos a gestão conto com o empenho e dedicação de toda a direção composta pelo Vice-Diretor Prof. Luiz Clóvis; Coordenadora de Graduação do Curso de Medicina Profª. Márcia Caldas; Coordenador de Graduação do Curso de Farmácia Prof. Carlos Eduardo; Coordenador Geral de Estágios Prof. Márcio Sidney; Coordenadora de Extensão Profª. Odila Mansur; Coordenador de Pesquisa Prof. Shaytner Duarte e Coordenadora de Pós-Graduação Profª. Milena Cursino.

2 – Hoje temos na FMC quantos alunos especificamente de Medicina?

A partir de 2015 a FMC passou a ter dois vestibulares por ano, ofertando um total de 126 vagas. Organizado pela COSEAC, departamento da Universidade Federal Fluminense com grande experiência profissional nesta área. Acabamos de colar grau à 46ª Turma, somando um total de 3909 médicos formados. Temos hoje 664 estudantes no Curso de Medicina distribuídos por todos os períodos.

3 – E os outros cursos como o de Farmácia?

O Curso de Farmácia já graduou 308 farmacêuticos em 10 Turmas. Temos atualmente 114 estudantes cursando.

4 – Existem projetos para outros cursos?

Estamos voltados para, a partir de 2018, ofertarmos novos cursos de pós-graduação como Análises Clínica e Toxicológicas, Medicina do Trabalho, Perícias Médicas e Enfermagem Obstétricas e, se possível, implantarmos o curso de mestrado na FMC.

5 – Ao longo de cinco décadas a FMC formou mais de quatro mil alunos, muitos estão brilhando em outros centros. Você poderia citar alguns?

Sim, são muitos os egressos que brilharam e brilham pelo Brasil e alguns países, e toda lista corre o risco de ser incompleta. Mas alguns nos vêm à lembrança: Dr. Edmundo Mauad – Diretor do Hospital do Câncer de Barretos Prof. Paulo Mello – Professor titular de Farmacologia da UFRJ Prof. Delta Madureira Filho – Professor titular de Clínica Cirúrgica da UFRJ Dr. Diogo Assed Bastos – Oncologista clínico do Hospital Sírio Libanês Marizete Peixoto Medeiros – Coordenadora Geral do Programa de Transplante do Estado de São Paulo

6- O espaço físico da FMC no momento é adequado. Já existe mais uma obra de expansão, mas muitos acham que será necessário crescer mais?

Costumo dizer que a faculdade é um ser vivo em constante crescimento e renovação. Um novo prédio já está sendo construído abrigando cinco novas salas de aulas. Expansões da biblioteca e outros setores estão sendo analisados e orçados para breve.

7 – As comemorações dos 50 anos terminam este ano ou existe uma agenda para o curso de 2018?

As festividades dos 50 anos se encerram no dia 27 com um churrasco, onde contamos com a presença dos nossos estudantes, professores e amigos da FMC. Dentre as comemorações, tivemos uma sessão solene em homenagem à FMC na Câmara dos Vereadores patrocinada por iniciativa do Vereador Neném. No dia 13 uma bonita homenagem aos nossos fundadores, ex-presidentes da Fundação, ex-diretores, professores, egressos e funcionários. No último sábado um baile animado de confraternização. Foram muitas festas, estou quase precisando de férias.

8 – Hoje, em tempos de percentuais, quantos alunos do curso de Medicina são de fora de Campos?

Este número é bastante variável a cada semestre, já tendo sido maior no passado. Com o aumento e pulverização das faculdades por vários municípios do Brasil, a procura por uma instituição estará baseada na qualidade do ensino por ela prestado. E é nisto que estamos atentos e voltando nossas energias.

9 – A FMC preservou o prédio, montou um museu. Vem surpresa por aí?

Preservamos nosso patrimônio cuja a estrutura física é representada por um belo conjunto de prédios de arquitetura eclética, com marcantes elementos neoclássicos construídos no início do século XX. O Museu Histórico da faculdade foi inaugurado no final do ano passado e vem cumprindo seu papel de preservação e valorização do patrimônio institucional da FMC. Temos ainda 3 anos e meio de gestão e algumas novidades advirão. Mas surpresas são surpresas…

10 – É possível imaginar uma cidade do porte de Campos sem um curso de Medicina?

Não é possível imaginarmos Campos sem a sua Faculdade de Medicina de Campos. A história da FMC está intimamente ligada a deste município, e muitas das atividades da faculdade estão voltadas para a nossa comunidade. Isto sem falar nas atividades assistenciais do Hospital Escola Álvaro Alvim.

11 – Cada vez mais a tendência é a exclusividade do corpo docente. Como está esse processo de dedicação integral?

A atividade de docência num curso de Medicina possui particularidades, pois a maioria dos professores continua atuando como médicos, e entendemos que isto é importante para estes professores não deixarem de trazer para os estudantes suas vivências profissionais.

12 – A Medicina hoje está mais humanizada?

Na formação atual dos estudantes de Medicina a humanização na relação médico-paciente é abordada em todos os períodos, sensibilizando nossos estudantes que acolher, olhar, ouvir e tocar os pacientes e mais importante que solicitar exames na busca do diagnóstico.