Por ALOYSIO BALBI
A reportagem Especial desta edição deu voz à liderança de várias vertentes da sociedade organizada para uma análise, mesmo que superficial, do governo Rafael Diniz, mesclando críticas construtivas agregadas de conselhos. O objetivo é justamente formar um palanque político, onde essas lideranças possam expressar suas opiniões sobre a administração municipal e colaborar com ideias.
Todos sabíamos o grau de dificuldades que o governo municipal enfrentaria, herdando dívidas que crescem ao mesmo tempo que a arrecadação empaca ou diminui. É perceptível que o governo Rafael Diniz está mergulhado na areia movediça da impopularidade. É justamente neste momento que a impopularidade mostra sua cara, que o governo tem a oportunidade de tomar medidas impopulares necessárias, para mais à frente, de forma sustentável, adotar outras que atendam às necessidades das pessoas que mais precisam do poder público.
Todos concordam que existe uma imensa disposição do governo Rafael Diniz em acertar, e que a falta de recursos é a sua maior oposição. Se desenha a médio prazo uma melhoria da economia, e isso deve melhorar as finanças dos municípios.
O governo municipal acerta em não ficar sentado, esperando uma reação do preço do petróleo o que resultaria na volta do gordo repasse dos royalties. Isso é coisa do passado. Tratar das chamadas receitas próprias é o que o governo está fazendo, e isso a médio prazo vai surtir efeito.
Os prefeitos, os dos municípios produtores de petróleo do Rio de Janeiro na área da economia, devem lutar por algumas mudanças como a cobrança de ISS das empresas que operam nas plataformas, enquanto o Governo do Estado deve insistir na cobrança de ICMS na chamada boca do poço.
Essa é a criatividade que muitos cobram, mas é uma luta que tem que ser em bloco. Se certa vez o então prefeito de Campos Raul Linhares e o prefeito de Macaé, à época, Carlos Emir Mussi lutaram pelos royalties chegou a hora dos protagonistas atuais lutarem por mudanças nas leis de compensação da exploração de petróleo.
Voltando a questão do primeiro ano do governo Rafael Diniz tudo isso era esperado. O que se espera dele é que aproveite o tempo que lhe resta, que não é pouco, para que possa inverter esse jogo e não decepcionar uma cidade que o elegeu no primeiro turno.