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Campista que foi craque do Vasco, hoje está desempregado e passa seus dias na praça da Lapa

Jorge Luiz, o Bigodinho, já atuou em times como Vasco, Flamengo e Grêmio

Campos
Por Redação
3 de outubro de 2017 - 16h27

Zagueiro dos bons, Jorge hoje está sem defesa. Deixou os gramados e voltou às origens em Campos, em sua casa no bairro da Lapa. Ele é protagonista de muitas histórias similares que acontecem no universo do futebol, uma indústria bilionária, mas que com o passar do tempo deixa boa parte seus atores pobres.

A equipe do Jornal Terceira Via conversou com o ex-jogador na tarde desta terça-feira (03), na Praça da Lapa. Emocionado em contar sua história, ele falou um pouco da sua história e de suas atuais dificuldades.

Jorge começou sua carreira ainda adolescente, quando jogou no time campista Americano. Aos 17 anos já estava no Rio de Janeiro, onde foi descoberto pelo Vasco. Pelo time carioca, “Bigodinho”, chegou a jogar com Bebeto, Roberto Dinamite e Edmundo.

“Tenho muita saudade daquela época, viajávamos muito e consegui conquistar muitas coisas, como as casas que consegui comprar para minha família”, disse Jorge que possui uma capa na Lapa, outra no Jardim Carioca e uma na localidade Buena, em São Francisco de Itabapoana.

Jorge, que atuava como zagueiro, jogou no América, Flamengo, Vasco, Palmeiras, Grêmio, Madureira e outros times. Suas principais conquistas foram o Campeonato Carioca de 92 (Vasco), 96 (Flamengo) e 97 (Botafogo); Torneio Rio-São Paulo de 98 (Botafogo); Copa Mercosul em 98 (Palmeiras); Torneio Sul-Minas (Grêmio).

Questionado sobre o fim de sua carreira, o Bigodinho contou que a idade também pesou. “Parei com 32 anos e já me sentia cansado e sem o mesmo rendimento. Muitas vezes bate uma tristeza, mas sei que parei na hora certa”, disse o jogador que depois do fim da carreira ainda ficou no Rio de Janeiro por algum tempo.

“Voltei para Campos quando soube da morte da minha irmã. Ela cuidou de mim quando meus pais morreram quando eu tinha alguns meses, em um acidente de carro. Então quando eu soube da morte dela, quase uma semana depois, fiquei muito abalado e decidi voltar e morar na Lapa”, contou Jorge.

Atualmente, o ex-jogador de futebol vive algumas dificuldades financeiras, onde conta com a ajuda de amigos e a doença do alcoolismo. “Meu irmão, um delegado da Polícia Federal de Brasília, me deu o primeiro copo de bebida. Com minha carreira consegui comprar minha casa, a casa da minha irmã e a casa em Buena, onde moram meus primos”, finalizou o zagueiro.