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Crime da universitária Ana Paula Ramos completa um mês nesta terça-feira

Segundo o delegado responsável pelo caso, as investigações ainda estão em andamento

Campos
Por Redação
19 de setembro de 2017 - 15h16
Ana Paula Ramos cursava Marketing em uma instituição particular de Campos (Foto: reprodução)

Ana Paula Ramos cursava Marketing em uma instituição particular de Campos (Foto: reprodução)

A morte da jovem Ana Paula Ramos, de 25 anos, completou um mês nesta terça-feira (19). Na manhã desta terça, durante uma coletiva na 146ª Delegacia Legal de Guarus, onde um acusado de feminicídio foi apresentado, o delegado Maurício Armond informou que o caso que chocou a população campista continua em investigação.

Ana Paula foi baleada no final da tarde do dia 19 de agosto, na Rua Comendador Pinto, em uma praça, no Parque Rio Branco, em Guarus. As primeiras informações davam conta de que a vítima, que estava acompanhada da cunha – Luana Sales – teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio, mas depois foi revelado que a cunhada teria order dopoxetine encomendado a morte da universitária.

Luana teria acordado pagar R$ 2.500 para que dois assassinos cometessem o crime de modo que parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte) e, assim, extinguissem demais suspeitas. Antes do atentado, a cunhada já teria acertado R$ 2 mil e o restante seria pago após o episódio. Além de Luana, outros três homens estavam envolvidos no esquema — os dois executores, tratados inicialmente como assaltantes; e um terceiro, que seria o responsável por fazer a ligação entre a cunhada e os outros dois.

No sábado (19), a cunhada teria levado Ana Paula até a praça do Parque Rio Branco, próximo ao Hospital Geral de Guarus (HGG), onde aconteceu o crime, sob a justificativa de visitar um terreno e experimentar o vestido que Luana usaria no casamento de Ana Paula, em que seria madrinha. As duas teriam parado para tomar um sorvete nessa praça quando a vítima foi abordada pelos executores. Eles teriam pedido o celular da moça, que o entregou sem reagir, mas ainda assim foi alvejada com três tiros — dois no tórax e um na cabeça.

No dia seguinte, a Polícia Militar localizou e prendeu um dos atiradores, identificado apenas como Igor Magalhães de Souza, de 20 anos, Na noite do dia (21) os policiais encontraram o segundo executor do crime, Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, de 19 anos, em uma residência na praia de Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana. Além de confessar o fato, W.C., como seria conhecido, também apontou Luana como a mandante do crime. Ele disse ter recebido a quantia, enterrado o celular usado para esquematizar o assassinato e fugido para a praia.

lioresal without prescription coletiva-146-dp-armond-caso-ana-paula-silvana-rust-151Na manhã de terça-feira (22), os policiais prenderam o terceiro suspeito, que seria o homem no qual Luana contratou para fazer a mediação entre ela e os executores. Marcelo Henrique Damasceno de Medeiros, de 25 anos, era namorado de uma amiga de Luana e foi localizado no Parque Santa Clara, em Guarus. Marcelo contou aos policiais civis que a suposta mandante teria dito que Ana Paula estaria “maltratando” uma criança de quatro anos e, por isso, deveria morrer. No entanto, o delegado da 146ª DP afirma que essa justificativa não seria verdadeira, mas apenas uma “desculpa” para que os executores cometessem o crime “sem pena”.

Após os suspeitos estarem presos, o delegado apresentou a imprensa um áudio em que a Luana tenta convencer uma amiga, a ser seu álibi e um vídeo cheap Lasix em que as duas aparecem dentro de uma sorveteria, pouco antes do crime. Luana teria mandado áudios para uma amiga poucas horas após o crime. Na gravação, ela pede que, caso fosse interrogada, essa amiga dissesse que estaria saindo do Shopping Boulevard para encontrar com ela na praça onde aconteceu o homicídio, onde Luana entregaria R$ 500 em dinheiro que serviria para cobrir uma “diferença de caixa” do banco onde trabalhava. O objetivo de Luana seria ter um álibi que justificasse a presença dela na praça e também a quantia que levava na bolsa que, segundo os executores, seria o valor que faltava do pagamento do crime.

O delegado disse que, na gravação, Luana fala com a amiga “de maneira soturna, sussurrando”. Ela pede que, a partir daquele momento, a amiga não atenda mais as ligações dela — para o delegado, Luana já desconfiava de que seria apontada como suspeita e que o seu telefone estaria em posse da polícia. Ainda segundo Armond, o áudio  é “devastador”.

O delegado afirma que a amiga teria colaborado mais veementemente com a investigação na última semana, quando entregou as gravações para a Polícia Civil. Nesses áudios, essa amiga fala para Luana que iria ajudá-la, contribuindo para a elaboração do álibi, mas, segundo ela, isso não aconteceu.