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Aumento da produção de hormônios atinge cerca de 2,5 milhões de brasileiros

Endocrinologista revela os sintomas e alerta para problemas graves

Saúde
Por Redação
5 de setembro de 2017 - 15h07
Médica endocrinologista Patrícia Peixoto (Foto: Silvana Rust)

Médica endocrinologista Patrícia Peixoto (Foto: Silvana Rust)

A glândula da tireoide é responsável pelo equilíbrio do corpo humano. Ela vai ditar a velocidade do metabolismo e garantir que todo organismo funcione em um mesmo ritmo. Se compararmos a um automóvel, o ideal é que a velocidade se mantenha constante, nem muito alta, nem muito baixa. Porém, quando o acelerador perde o controle é sinal de desastre.

O hipertireoidismo é um problema que atinge cerca de 2,5 milhões de brasileiros, marcado pela produção excessiva dos hormônios tireoidianos T3 e T4, substâncias que determinam o funcionamento de todas as células.

A endocrinologista Patrícia Peixoto explica que essa condição pode levar a sérios problemas de saúde, envolvendo o coração, com batimentos cardíacos acelerados e irregulares, além de insuficiência cardíaca congestiva, e doenças nos ossos, como a osteoporose, se não houver um tratamento adequado. “O paciente apresenta sinais sugestivos, como calor e sudorese em excesso, tremor nas mãos, batimentos cardíacos acelerados, fadiga, perda de peso, diarreia ou evacuações frequentes, irritabilidade e  ansiedade, queixas oculares (irritação ou desconforto) e irregularidade  menstrual. No exame físico, pode-se verificar o aumento e irregularidade da tireoide, com a presença de bócio (o aumento do tamanho da glândula formando algum nódulo ou caroço), além de alterações nos olhos, que ocorrem quando o hipertireoidismo é causado pela doença de Graves, a causa mais comum em adultos e crianças. O diagnóstico é feito a partir de dosagens hormonais, de anticorpos, além de exames de imagem, como ultrassonografia e cintilografia da tireoide”, ressalta.

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A Doença de Graves é a forma mais comum de hipertireoidismo, varia de 60% a 80% dos casos e atinge principalmente as mulheres entre 40 e 60 anos. O tratamento passa por três opções: medicamentos, iodoterapia e cirurgia, sendo que esta opção atualmente é bem menos indicada. “Em crianças, adota-se o uso de medicamentos para amenizar os sintomas e inibir a produção excessiva. Pode ser necessário tratamento permanente com o iodo radioativo ou cirurgia. Como o iodo radioativo não é administrado a crianças com menos de dez anos de idade e pode não ser eficaz em glândulas tireóides maiores, a intervenção cirúrgica pode ser priorizada. Em outras causas, o tratamento pode ser diferente. Por exemplo, em casos de nódulo que está produzindo hormônio em excesso pode ser feita a cirurgia ou iodoterapia. Em casos de tireoidite subaguda, o tratamento será sintomático sem o uso das opções citadas acima”, declara a especialista. Existem casos da doença em que o paciente não possui sintomas. Trata-se do hipertireoidismo subclinico, no qual as alterações aparecem apenas nos exames laboratoriais. Nessa situação, ainda assim é necessário o tratamento. Os idosos também podem ter poucos sintomas, tornando a conclusão do diagnóstico mais difícil.

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O uso excessivo de iodo em pessoas predispostas pode desencadear o quadro de hipertireoidismo. Esse exagero pode vir de medicamentos que contém essa substância, da ingestão em grande quantidade de sal iodado e do uso indevido de preparações de iodo, como o lugol. “Vale alertar que há casos de tireotoxicose factícia. Nessa situação a pessoa tem excesso de hormônio tireoidiano devido ao uso indevido de “fórmulas” ou “medicamentos naturais” que contém T3 e T4 para emagrecimento, o que não é indicado”, alerta a médica.